Sanepar explica motivos por atraso em obras de adutora do Rio Tibagi
Gerente da companhia destaca complexidade do projeto e questões ambientais que envolvem a construção do sistema de captação, previsto inicialmente para ser entregue em 2023
Publicado: 24/02/2025, 21:44

O sistema de captação de água que começará a ser construído pela Sanepar no Rio Tibagi em Ponta Grossa, em meados de 2026, tomou conta de parte do debate na tarde desta segunda-feira (24), na Câmara Municipal de Ponta Grossa. Na Casa de Leis, os diretores da Companhia de Saneamento do Paraná prestaram esclarecimentos aos vereadores sobre os problemas no abastecimento na cidade.
O vereador Guilherme Mazer (PT) questionou a gerente geral da Sanepar nos Campos Gerais, Simone Alvarenga, sobre o atraso no cronograma de obras previsto para a captação do Rio Tibagi, um projeto que deveria ter sido entregue em 2023, mas que ainda não saiu do papel. "Por que a captação do Tibagi ainda não está operando, sendo que em 2018 a empresa afirmou que o sistema estaria funcionando em 2023?", indagou Mazer.
A resposta de Simone Alvarenga abordou a complexidade do projeto e os desafios enfrentados ao longo do processo. Ela explicou que a obra de captação exige um trabalho técnico complexo, envolvendo a construção de uma adutora ao longo de uma extensa área, que inclui terrenos com questões ambientais delicadas, como áreas de floresta e árvores protegidas. "É só andar pela rodovia ali [...] É só imaginar que, em toda aquela extensão, da Polícia Rodoviária até a cidade, nós vamos ter que fazer uma adutora nova em área que é a área do DENIT, área que tem questão de árvores, floresta. Vai ter uma questão florestal muito complexa", afirmou Alvarenga.
A gerente da Sanepar ainda destacou que a licença ambiental e os processos de autorização estão sendo conduzidos de maneira rigorosa, o que resultou no adiamento da obra. A previsão, segundo ela, é que a licitação da obra, que estava programada para 2023, agora esteja em andamento.
Mazer, no entanto, ressaltou que a solução para a falta d'água não está apenas na captação de novos recursos hídricos, mas também na questão da capacidade de armazenamento nos reservatórios. "Mesmo com a captação, o problema persistiria, pois os reservatórios de água tratada estão abaixo dos níveis ideais", argumentou o vereador, sugerindo que é necessário não apenas aumentar a captação, mas também melhorar a infraestrutura de armazenamento e distribuição de água para a população.
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