Moraes manda prender mulher que furou prisão domiciliar quase mil vezes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva de Iraci Nagoshi, de 71 anos, condenada por participação nos atos de depredação ocorridos em 8 de Janeiro, na Praça dos Três Poderes. Iraci cumpria prisão domiciliar, mas descumpriu as medidas cautelares em 949 ocasiões.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (Seape-SP), as violações incluem ultrapassar a área permitida, ausência de sinal de GPS e bateria descarregada do equipamento de monitoramento.

Em outubro de 2024 e janeiro de 2025, Moraes havia aceitado as justificativas apresentadas pela defesa, mas alertou que eventuais pedidos deveriam ser formalizados ao STF, e não decididos unilateralmente pela ré.

“Após as informações prestadas pelo Núcleo de Monitoramento Eletrônico de São Paulo, verifiquei que a executada tem descumprido reiteradamente, sem qualquer autorização desta Corte, a prisão domiciliar imposta, acrescida das demais medidas cautelares, para a realização de atividades recreativas como: musculação, hidroginástica e pilates”, escreveu Moraes.

O ministro afirmou ainda que as violações demonstram “desprezo da reeducanda pela pena imposta e pelo próprio sistema jurídico”. Iraci, ex-professora de português, foi presa no dia 8 de janeiro, dentro do Palácio do Planalto, e condenada a 14 anos de prisão. 

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