Digital influencer que atropelou motoboy e fugiu se apresenta à polícia

A digital influencer Cássia Vialli Martins, investigada pela morte do motoboy Jheykson Roger Medeiros, de 36 anos, se apresentou na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), em Curitiba, nesta segunda-feira (5). O acidente aconteceu na noite do último sábado (3). Após atingir o motociclista, Cássia fugiu do local.

A motorista, que tem mais de 40 mil seguidores nas redes sociais, não quis falar com a imprensa ao chegar na Dedetran. O advogado dela, Igor José Ogar, garantiu que a mulher vai colaborar com as investigações.

“Nesse momento, por orientação da defesa, ela não vai falar. Ela quer admitir tudo o que houve de fato. Ela quer ter direito a defesa, dentro circunstâncias. Ela não vai faltar com a verdade em nenhum momento e pretende colaborar com todas as investigações, tanto do delegado quanto do Ministério Público“, afirmou.

Jheykson foi atingido pelo carro de Cássia, que trafegava na contramão na Rua Paulo Setúbal, no bairro Boqueirão, na noite do último sábado. Segundo testemunhas, a motorista do automóvel estava visivelmente embriagada, não prestou socorro e fugiu do local em outro carro. O motoboy deixa a esposa e um filho de sete anos. 

“A primeira situação, que eu gostaria de falar em nome da Cássia, é que ela sente muito pela morte desse jovem. Sente muito realmente também a dor e o sofrimento que essa família está passando. Se for possível, quer colaborar com o filho desse rapaz e com toda a família. Ela não quer se furtar da responsabilidade penal e tampouco da responsabilidade civil“, disse Igor José Ogar.

Imagens de redes sociais mostram Cássia em um bar momentos antes do acidente. O advogado dela ressaltou que, por enquanto, não vai se manifestar sobre este assunto.

Protesto

Na tarde deste domingo (4), dezenas de pessoas se reuniram com faixas e caminharam da residência do pai do motoboy até o local da colisão, no bairro Boqueirão, em Curitiba – um trajeto de aproximadamente três quilômetros – pedindo por justiça.

Uma parente da vítima, Alda Fragoso, afirmou que o rapaz trabalhava fazendo entregas para hamburgueria da família.

“Ele estava fazendo entregas, quando foi atingido. Fica a nossa tristeza. A família está aguardando por justiça, porque não é justo a pessoa beber e fazer o que ela fez. Abandonar ele no chão, não socorrer, não fazer nada. É uma coisa muito grave. Ela precisa responder pelos atos”, relatou.

Leia mais em Banda B