Robótica desplugada transforma o aprendizado infantil sem uso de telas

No episódio mais recente do Viver Bem, o professor Evandro Kafka, fundador da Robotbox, apresentou uma proposta inovadora para o ensino de tecnologia: a robótica desplugada. A empresa, sediada na Agência de Inovação da UEPG, desenvolve materiais didáticos que ensinam conceitos de engenharia, matemática e física de forma prática e divertida — tudo isso sem a necessidade de telas ou dispositivos eletrônicos.

A robótica desplugada visa ensinar o funcionamento dos robôs por meio da lógica e da construção manual. “Hoje cada vez mais a gente vem discutindo sobre a presença das telas na educação das crianças, sobre quanto tempo as crianças devem ficar expostas às telas. E a robótica é uma alternativa para ensinar esses conceitos de robótica sem usar elas. Então a gente vai trabalhar os conceitos de física, de matemática, de engenharia, de uma forma que a gente mostre a essência dessa tecnologia para as crianças poderem aplicar isso no futuro”, explica Evandro.

Ao ser questionado sobre o funcionamento de um robô, sem a programação, o professor explica: “tem muitas coisas que a gente consegue fazer o robô desenvolver mesmo sem ter a programação. Através de circuitos eletrônicos, por engrenagens e mecanismos simples, as ações são quase que programadas de uma forma analógica para as crianças trabalharem”.

Além do aprendizado técnico, o método incentiva o desenvolvimento de soft skills como empatia, trabalho em equipe e organização. “A robótica desplugada é uma maneira de preparar as crianças para o futuro, tornando-as protagonistas do seu aprendizado. Elas deixam de ser somente espectadoras do mundo tecnológico e passam a entender como ele funciona”, destacou o professor.

Os kits da Robotbox são utilizados em escolas de diferentes estados brasileiros, sem exigir grandes investimentos em infraestrutura. Ao final de cada projeto, a criança leva o material para casa — um diferencial que amplia o tempo de experimentação e permite personalização. “Isso faz com que elas se sintam orgulhosas do que criaram. Cada projeto carrega a identidade da criança”, disse Evandro.

Entre os destaques apresentados na entrevista está um braço robótico hidráulico, que exemplifica como os kits da Robotbox incorporam conceitos técnicos de forma acessível e envolvente. A empresa também tem se destacado em competições, como a Olimpíada Brasileira de Robótica, onde já conquistou diversos prêmios e nos dois últimos anos, com destaque na categoria de construção de robôs próprios.

A Robotbox também tem foco na inclusão, com materiais que se adaptam bem ao trabalho com crianças autistas ou com outras dificuldades de aprendizagem. “A gente consegue ver resultados não só em premiações, mas principalmente no desenvolvimento integral das crianças”, reforçou Evandro.

Para além do ambiente escolar, os kits da Robotbox podem ser adquiridos por famílias interessadas em transformar momentos de lazer em aprendizado. “Muitos pais procuram formas de passar mais tempo de qualidade com os filhos. Nossos kits são uma ponte para isso, unindo diversão e conexão familiar”, concluiu o fundador da startup.

Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da Robotbox pode acessar o perfil @robotbox_edu nas redes sociais ou visitar o site da empresa para adquirir os kits diretamente.