Bispo Don Bruno fala sobre a importância da Semana Santa para os católicos
Durante sua fala, o líder religioso comentou sobre s celebrações da semana e explicou sobre os ritos que acontecem
Publicado: 16/04/2025, 12:07

Na manhã detsa quarta-feira (16), o Bispo da Diocese de Ponta Grossa,Don Bruno Elizeu Versari, realizou uma entrevista exclusiva nos estúdios do Portal aRede. Durante a conversa, o Bispo destacou a importância da Semana Santa para a Igreja Católica, e detalhou a programação das celebrações para a semana.
Don Bruno inicia a conversa explicando sobre o significado da Páscoa e o que é comemorado durante as celebrações do evento. "A Pascoa é a celebração da passagem, antes da escravidão para a liberdade, agora do pecado para a graça, porque Jesus dá um sentido novo. Então, celebrar a Páscoa é celebrar a libertação do pecado, da morte, para a ressurreição e para a vida. É isso que nós celebramos nesta semana.", explica.
Na sequência, o Bispo comenta sobre a programação da Semana Santa, explicando alguns dos ritos que acontecem durante as celebrações. Don Bruno explica sobre o rito de 'lava pés', destacando que foi um gesto realizado por Jesus aos seus discípulos, e um pedido de Cristo para darem continuidade a esse gesto. "Celebrar este momento é relembrar Jesus, que se abaixa, lava os pés, e ensina o mandamento do amor". O Bispo completa relembrando que na mesma missa de lava pés é quando é instituída a Eucaristia.
Durante a entrevista, Don Bruno também traz uma fala especial sobre a celebração da Sexta-Feira Santa. O líder religioso ressalta que este é o momento onde Jesus Cristo se faz humano e experimenta o sofrimento da humanidade. "Jesus assume a humanidade em todas as circunstâncias, também no sofrimento. Ali ele se faz presente junto as pessoas que sofrem, que morrem na cruz. Silencia o autor da vida, aquele que amou até o fim. Esta é a mensagem da Cruz, um Deus que se fez humano, e por que amou até o fim, deu a vida. Esse é o ensinamento que nós vamos la olhar, na sexta-feira."
TRÍDUO PASCAL - O tempo quaresmal se encerra na quinta-feira santa, às 18 horas, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor, dando início ao Tríduo Pascal, o ápice da fé cristã. Esse tríduo se estende até a véspera do Domingo da Ressurreição, uma única celebração dividida em três dias. Por isso, se orienta que o fiel acompanhe todo o tríduo em uma mesma igreja.
Na quinta-feira, acontece o ‘lava pés’, gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos e são instituídos os sacramentos Eucaristia e da Ordem. As hóstias são consagradas e o Santíssimo Sacramento é transladado. O altar é desnudado, velas e flores são retiradas e as imagens cobertas com panos roxos. Mantém-se um silêncio profundo e respeitoso neste dia. Um silêncio respeitoso por Jesus. Não há bênção final.
Pela manhã, também é celebrada a Missa do Crisma, com a bênção dos santos óleos, presidida pelo bispo e concelebrada por presbíteros e diáconos. Neste dia, os padres renovam os votos sacerdotais. “É uma manifestação da comunhão dos presbíteros com o bispo em um único e mesmo sacerdócio de Cristo. Por tradição, essa celebração ocorre pela manhã na Catedral. Os óleos consagrados são utilizados em crismas, batizados, unção dos enfermos e ordenações”, detalha padre Alvaro.
SEXTA-FEIRA SANTA - A Sexta-Feira Santa é o dia da adoração à cruz. É o único dia do ano em que não há celebração da missa em todo o mundo. Os fiéis se reúnem para ouvir a Palavra, com a proclamação do Evangelho da Paixão, orações universais e a coleta do óbolo de São Pedro. “Muitos vêm para se unir a Jesus pela dor. Celebra-se o mistério da sua paixão e morte. A cruz é vista como sinal da vitória de Cristo sobre a morte e o pecado”, explica padre Alvaro. É um dia de recolhimento até a Vigília Pascal. Algumas comunidades realizam procissões e momentos de espiritualidade, fortalecendo o amor a Cristo, sempre após a celebração, que normalmente acontece às 15 horas.
SÁBADO SANTO - O Sábado Santo é um dia alitúrgico, sem celebrações pela manhã e à tarde. A partir das 18 horas, ocorre a Vigília Pascal, considerada a mãe de todas as vigílias, em honra ao Senhor. A celebração começa com a igreja às escuras. Um fogo é aceso do lado de fora e dele é aceso o Círio Pascal, símbolo de Cristo, que ilumina a comunidade como a coluna de fogo guiando o povo de Deus no deserto. “Cristo entra e ilumina. É a luz que brilha e afasta o medo. A Paixão de Cristo nos traz vida nova por meio da ressurreição”, afirma o assessor diocesano.
DOMINGO DA RESSURREIÇÃO - Com o Domingo da Ressurreição inicia-se o Tempo Pascal. A Páscoa é a celebração da aliança definitiva, a vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte, realizada pelo sangue de Cristo. “É Ele que nós celebramos: o mistério de Cristo crucificado e ressuscitado. Dele emanam todas as graças para o nosso dia-a-dia e às celebrações dominicais dentro do Ano Litúrgico”, destaca padre Alvaro. A Oitava da Páscoa segue até o Dia de Pentecostes, que, em 2025, será celebrado no dia 8 de junho.
IMPORTÂNCIA - A Semana Santa é o coração da fé católica, destaca Dom Bruno. “Todo o ano litúrgico é organizado em vista da Páscoa. A festa mais importante da liturgia da Igreja é a Páscoa. Jesus dá a vida, passa pela cruz e da cruz ressuscita para dizer que todo aquele que Nele crê também terá cruzes, mas não ficará sepultado, não morrerá, viverá! É isso que nós celebramos e nisso que nós cremos”, enfatiza.
“Quando iniciamos a Semana Santa, no Domingo de Ramos, lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, passamos pela Quinta-Feira: de manhã, a reunião com os padres, celebração da unidade, onde todos celebramos o nosso compromisso de fidelidade, aquilo que juramos na nossa ordenação. À noite, celebramos a missa da instituição da Eucaristia, a missa do Lava Pés, onde Jesus institui a Eucaristia e junto dela está o sacerdócio, o ministro da Eucaristia, aquele que faz a Eucaristia para nós”, detalha o bispo.