Justiça inocenta suspeitos da 'Chacina do Santa Luiza' em PG

A Justiça, em decisão publicada nesta semana, inocentou dois suspeitos de participação na 'Chacina do Santa Luzia', crime que ocorreu em setembro de 2019 e terminou com a morte do casal Robson de Freitas Ferreira, 31 anos, da esposa Daniele Ferreira, de 27, e de um dos filhos do casal, Robson Brenno de Freitas Ferreira - que tinha apenas 6 anos. Luiz Fernando da Silva e Vanderson dos Santos não tiveram a sua participação no crime comprovada e a autoria da execução segue desconhecida. 

"Não se teve uma comprovação mínima de autoria por parte dos suspeitos e, para se submeter uma pessoa ao Tribunal do Júri, tem que haver um índico, mesmo que mínimo, da prática do crime", destaca o advogado Renato Tauille, responsável pela defesa de Vanderson. "O meu cliente estava preso na data em que o crime aconteceu e a defesa trabalhou para comprovar essa situação, o que foi acolhido pelo Poder Judiciário", explica Tauille. Vanderson, inclusive, segue preso em Curitiba por conta da prática de outros crimes, mesma situação de Luiz Fernando, que está detido na penitenciária federal de Porto Velho (RO).

O crime

A morte das três pessoas da mesma família ocorreu na noite do dia 15 de setembro de 2019: a chacina aconteceu quando a família chegava em casa, na rua Santo Antônio. Quando Daniele desceu do carro para abrir o portão da residência, um grupo de atiradores se aproximou e começou a efetuar os disparos; além de Daniele, Robson e quatro crianças que estavam dentro do carro foram atingidas. Uma segunda mulher que estava dentro do veículo conseguiu deixar o carro correndo com uma criança no colo e se esconder em uma casa.

As investigações da Polícia e do Ministério Público indicaram que o motivo da chacina seria uma disputa por controle e comércio de drogas na região, que teria Robson como alvo principal. Mais de 50 tiros foram disparados contra o Chevrolet Corsa em que a família estava.

Com informações de assessoria