Estudante de veterinária apontada como líder do tráfico no PR é presa
Beatriz Leão Montibeller Borges seria namorada do líder da organização criminosa e tinha cargo de liderança do lado de fora da prisão
Publicado: 01/09/2025, 10:56

A jovem Beatriz Leão Montibeller Borges, de 24 anos, apontada pela Polícia Civil do Paraná como braço financeiro de um grupo criminoso que comandava o tráfico de drogas de dentro da prisão, foi presa no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, a estudante de medicina veterinária seria namorada do líder da organização criminosa.
Em março, a Polícia Civil deflagrou uma operação para prender Beatriz e os outros investigados. Ao todo, foram 13 mandados de prisão preventiva expedidos pelo Poder Judiciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mais 22 mandados de busca a apreensão. Beatriz não foi encontrada, por isso era considerada foragida.
A prisão de Beatriz foi feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, através de um pedido de colaboração do Grupo Tigre, unidade de elite da Polícia Civil do Paraná. Segundo a polícia, a jovem foi presa na sexta-feira (29), em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio.
A jovem, que é conhecida como a “Bela do Crime”, continuava levando uma vida bem normal, inclusive nas redes sociais. Ela deve ser transferida para o Paraná. Enquanto isso, as investigações da Polícia Civil continuam, pois outros envolvidos no esquema ainda são procurados.
INVESTIGAÇÕES - As investigações apontam que as pessoas que atuavam do lado de fora da prisão se sentiam protegidas pelos líderes presos. Segundo a polícia, o grupo era responsável por fazer a distribuição de drogas em Curitiba, Pinhais, Piraquara, Matinhos e Foz do Iguaçu.
Na época da operação em março, o delegado Thiago Andrade disse que o grupo vinha agindo com total sensação de poder, uma vez que os líderes estavam presos e, dentro do sistema prisional, continuavam organizando e determinando o tráfico de drogas.
Beatriz, que não foi encontrada em março, era uma espécie de líder do lado de fora. Por ser namorada de um dos chefes do grupo, ela cuidava do financeiro, segundo a polícia.
“Ela é uma espécie de braço financeiro, ela que pensa a ideia de como vão ser feitas as transações. As transações são feitas para as contas que ela disponibiliza, e ela fica responsável então por fazer a manutenção e a organização dessa parte financeira. Então hoje ela é considerada uma foragida da Justiça”.
O delegado explicou que a equipe de investigação chegou até ela através das análises da extração realizada em celulares apreendidos em outra fase da operação.
“Nós conseguimos captar conversas dela, travadas com o líder dessa organização que também foi preso hoje. Ela seria namorada desse líder da organização”.
Em março, a polícia chegou a ir até a casa de Beatriz, mas não a encontrou. Por lá, apreenderam o que encontraram.
“Na casa dela foi encontrada uma pistola 9 milímetros, ela não foi presa porque ela não estava no local em flagrante, mas foi encontrada uma arma de uso restrito das forças policiais, então, é uma pessoa perigosa e a gente não conseguiu identificar se ela efetivamente vendia, mas a parte financeira era com ela”.
Pelas redes sociais, no Instagram, Beatriz mantinha um perfil com aproximadamente 15 mil seguidores. Ela aproveitava dessa imagem para passar despercebida, conforme disse o delegado.
“A gente percebeu que ela usava dessa influência dela para mobilizar pessoas e captar pessoas para o tráfico também. Ela tinha uma rede social, de aproximadamente 15 mil seguidores, com uma boa aparência e utilizava disso então para captar e conseguir se infiltrar na organização”.
Informações: Banda B, parceiro do Portal aRede