IBGE: desemprego cai para 5,2%, menor taxa da série histórica
Segundo o IBGE, a Pnad Contínua encontrou 5,644 milhões de pessoas em busca de trabalho no quarto trimestre de 2025
Publicado: 30/12/2025, 12:37

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no quarto trimestre de 2025, a menor desde que a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua começou, em 2012.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, a Pnad Contínua encontrou 5,644 milhões de pessoas em busca de trabalho, o menor número de desempregados já registrado.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) e mostram que o desemprego recuou 7,2% (menos 441 mil pessoas) no trimestre e caiu 14,9% (menos 988 mil pessoas) no ano.
Além disso, a taxa de desemprego histórica é acompanhada por outro recorde, o de número de pessoas empregadas no país, que chegou a 103,2 milhões. Com isso, o nível de ocupação alcançou o maior percentual da série histórica da Pnad Contínua, de 59,0%.
De acordo com a coordenadora de pesquisas do IBGE, Adriana Beringuy, “a manutenção do contingente de trabalhadores em elevado patamar ao longo de 2025 tem assegurado a redução da pressão por busca de trabalho, reduzindo consideravelmente a taxa de desocupação”.
Informalidade e carteira assinada
A taxa de informalidade, ou seja, a proporção de trabalhadores sem carteira assinada ou sem registro, alcançou 37,7% da população ocupada no período, menor do que a observada no trimestre anterior, de 38%.
Segundo o IBGE, a variação negativa na informalidade foi influenciada pelo novo recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 39,4 milhões, com estabilidade na comparação trimestral e alta de 2,6% no ano.
Já o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado ficou em 13,6 milhões, mostrando estabilidade no trimestre e caindo 3,4% no ano.
Além disso, o número de trabalhadores por conta própria chegou a 26 milhões, novo recorde da série histórica. Na comparação trimestral, esse contingente ficou estável, mas cresceu 2,9% no ano.
Serviço público
Ao considerar o trimestre anterior, o único grupamento de atividade com aumento significativo de pessoas ocupadas foi o de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com alta de 2,6%, ou 492 mil pessoas ocupadas a mais, informou o instituto.
“As ocupações associadas às atividades de serviços de Educação e Saúde foram as que mais contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, observa Adriana.
O número de empregados no setor público teve alta de 1,9% no trimestre e de 3,8% no ano.
Rendimentos
O rendimento médio real habitual da população ocupada do país chegou a R$ 3.574, crescendo 1,8% no trimestre e 4,5% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, já descontados os efeitos da inflação.
Já a massa de rendimento real habitual também atingiu R$ 363,7 bilhões, com altas de 2,5% no trimestre e de 5,8% no ano.
Adriana explica que os ganhos quantitativos no mercado de trabalho, por meio dos recordes de população ocupada, têm sido acompanhados por elevação do rendimento médio real recebido por essa população ocupada crescente.
“A combinação de expansão do trabalho e da renda impulsionam a massa de rendimento do trabalho na economia”, esclarece.
As informações são do Metrópoles.




















