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Coluna Fragmentos: O basquete no Brasil

A coluna ‘Fragmentos’, assinada pelo historiador Niltonci Batista Chaves, publicada entre 2007 e 2011, retorna como parte do projeto '200 Vezes PG', sendo publicada diariamente entre os dias 28 de fevereiro e 15 de setembro

No dia 01 de maio de 1987, o JM publicou matéria: “Ponta Grossa, capital do Basquete Estadual
No dia 01 de maio de 1987, o JM publicou matéria: “Ponta Grossa, capital do Basquete Estadual -

João Gabriel Vieira

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A formação das modalidades esportivas na contemporaneidade não se deu apenas por razões meramente competitivas, ou por gosto de um atleta por determinado esporte. No Brasil, foi entre o final do século XIX e início do XX, que programas de Educação Física que envolviam práticas de ginástica e esportes foram desenvolvidos.

Estes programas tinham o intuito de preparar o indivíduo em fase de crescimento para a vida profissional e pessoal. O esporte, aliado aos hábitos higiênicos, deveria auxiliar na produção de corpos saudáveis e fortes para a construção de uma nação que buscava o progresso.

Apesar de em nosso país existir uma unanimidade de reconhecimento e preferência em relação ao futebol em todas as regiões do país e classes sociais, já que este além de ser o esporte que reúne mais espectadores e torcedores, se configura como uma prática de lazer, outras modalidades esportivas tem uma importância bastante significativa no Brasil, entre as quais figura o basquete.

Criado no ano de 1891 pelo médico e professor de Educação Física canadense James Naismith, na Associação de Moços de Sprinfield, o basquete surgiu nos Estados Unidos. O longo e rigoroso inverno impedia alunos de praticarem esportes ao ar livre, e as aulas de Educação Física tornavam-se monótonas e desestimulantes em locais fechados. Foi então que Naismith idealizou a prática do esporte que veio a se tornar o basquete. Seu inventor acreditava que por este ser uma modalidade coletiva e cujo sucesso dependia do esforço de todos da equipe, haveria grandes possibilidades de desenvolver o aspecto físico dos alunos e, ao mesmo tempo, educá-los. 

O Brasil foi um dos primeiros países a inserir este esporte em suas práticas esportivas. Em 1894, através do professor Augusto Shaw que lecionava Artes no Mackenzie College, de São Paulo, a primeira bola de basquete chegou ao nosso país. Inicialmente a prática foi aprovada pelo público feminino, já que os homens já estavam encantados pelo futebol, que havia chegado ao país nesse mesmo ano.

Foi na Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro, durante a década de 1910, que o basquete começou a se tornar popular, com a realização dos primeiros torneios e competições. Em 1922, pela primeira vez a seleção brasileira de basquete jogou, participando dos Jogos Latinos Americanos e sendo campeã. Em 1933 foi criada a Federação Brasileira de Basketball, que em 1941, passou a se chamar Confederação Brasileira de Basketeball. 

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Em Ponta Grossa

Em nossa cidade, o basquete foi introduzido na década de 1930, sendo praticado inicialmente em canchas de terra batida. Na década seguinte foi criada a Liga Pontagrossense de Basquetebol. Para José Cantorani e Luiz Alberto Pilatti, nos anos 50 o basquete viveu um momento romântico e de grande desenvolvimento em Ponta Grossa, quando a cidade sediou o Terceiro Campeonato Estadual de Basquetebol, obtendo seu terceiro título estadual. Nesses anos o esporte se consolidou, tanto no Brasil como em Ponta Grossa, e o Jornal de Manhã trazia no espaço “Notícias do Basket-Ball”, informações semanais sobre o esporte. O prestígio que o basquete alcançou na cidade não se restringiu aqueles anos. Na década de 80, o empresário ponta-grossense Mitri Nastas foi eleito presidente da Federação Paranaense de Basquetebol e a cidade conclamada capital do Basquete Estadual, devido aos ótimos resultados alcançados durante as competições e a popularidade do esporte entre a população

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O material original, com mais de 170 colunas, será republicado na íntegra e sem sofrer alterações. Por isso, buscando respeitar o teor histórico das publicações, o material apresentará elementos e discussões datadas por tratarem-se de produções com mais de uma década de lançamento. Além das republicações, mais de 20 colunas inéditas serão publicadas. Completando assim 200 publicações.

Publicada originalmente no dia 02 de janeiro de 2011.

Coluna assinada por Amanda Cieslak Kapp, historiadora, doutora em história pela UFPR e professora da Unibrasil e do Instituto Federal do Paraná/Campus Pinhais.

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