Justiça realiza juri sobre possível homicídio envolvendo antiga casa de pôquer de PG
Defesa de investigado alega que ele é inocente das acusações; caso aconteceu em março de 2019, em Uvaranas
Publicado: 25/02/2025, 03:33

Começa nesta terça-feira (25), a partir das 8h30, o juri de Carlos Henrique Santos Fortes, sócio-proprietário da antiga Araxá Poker Clube, em Ponta Grossa. Ele é suspeito de ter participação no homicídio de Lincoln Fernando Oliveira Silva, em 11 de março de 2019, na região do bairro Uvaranas.
Conforme investigação da Polícia Civil do Estado do Paraná (PC/PR), dois homens foram até a casa de Lincoln e o executaram com três disparos - ele tinha 27 anos. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Segundo as declarações do delegado na época da investigação, Carlos Henrique, conhecido como ‘Kike’, foi suspeito de ter contratado Lincoln para assassinar um ‘concorrente’ que estaria ganhando clientes. Lincoln teria recusado a proposta, não devolvendo uma arma e uma motocicleta.
Na sequência, conforme o delegado Nagib Nassif Palma, ‘Kike’ teria contratado outro atirador para executar Lincoln. Ainda, segundo a autoridade policial, o empresário e outro comparsa teriam descoberto que um amigo de Lincoln sabia do crime - ele foi alvejado, mas sobreviveu.
Com as informações em mãos, a PC/PR prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento com os crimes - no fim de 2019, Carlos conseguiu na Justiça o direito de permanecer em prisão domiciliar. Atuam na defesa de ‘Kike’ os advogados Claudio Dalledone e Renato Tauille.
OPERAÇÃO - Durante ação da Polícia Civil, foram localizadas 900 gramas de cocaína no antigo estabelecimento de pôquer. Na época, a droga poderia ser revendida por aproximadamente R$ 50 mil. Ainda, foram apreendidos um revólver calibre.38, uma pistola calibre.380, munições, entre outros objetos.
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Em 2021, a 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa condenou ‘Kike’ a mais de 10 anos de prisão e multa pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e posse ilegal de munição. A sentença foi do juiz Hélio Cesar Engelhardt.
Em relação ao juri desta terça-feira, que pode se estender até quarta-feira (26), os advogados de defesa de Carlos alegam que ele é inocente das acusações. O Portal aRede teve acesso a um vídeo da defesa, onde ela argumenta, com fotos, vídeos e documentos, a inocência de ‘Kike’ sobre o homicídio.