Piloto revela nomes por trás de aviões usados pela empresa de voos do PCC; Rueda é citado | aRede
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Piloto revela nomes por trás de aviões usados pela empresa de voos do PCC; Rueda é citado

Presidente do partido União Brasil é apontado como dono de aviões operados por empresa ligada ao PCC; PF investiga o caso

Presidente do União Brasil, Rueda é citado em investigação de uso de aviões do PCC
Presidente do União Brasil, Rueda é citado em investigação de uso de aviões do PCC -

Publicado por Lilian Magalhães

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Um novo capítulo nas investigações da Polícia Federal sobre o uso de aviões por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) traz à tona o nome de Antonio Rueda, presidente nacional do União Brasil. Um piloto que trabalhou para empresários do setor revelou em depoimento que Rueda seria o real proprietário de aeronaves operadas por uma empresa de táxi aéreo envolvida no esquema.

Segundo o relato do piloto, quatro dos dez jatos executivos da empresa de aviação citada pertencem ao grupo comandado por Rueda. Os negócios, segundo ele, foram justificados internamente como parte de uma estratégia de quem "tinha muito dinheiro e precisava gastar".

As aeronaves em questão somam dezenas de milhões de dólares em valor:

- Jato leve de aproximadamente 3 milhões de dólares.

- Jato midsize avaliado entre 8 e 9 milhões de dólares.

- Citation Excel adquirido por cerca de 6 milhões de dólares.

- Citation Jet CJ, avaliado em 4 milhões de dólares.

Ainda há relatos de interesse em uma aeronave Gulfstream de série 500, superior a 10 milhões de dólares. O depoente afirma que os aviões estavam registrados em nome de terceiros, mas pertenciam, de fato, ao presidente do partido União Brasil. Esse método dificultava o rastreamento do real dono das aeronaves.

A ligação entre a frota de aviões e o PCC foi reforçada por uma investigação sobre fraudes e desvios no mercado de combustíveis, que teria movimentado 52 bilhões de reais entre 2020 e 2024, com prejuízo fiscal superior a 8,6 bilhões de reais para o Estado. Os responsáveis pela operação dos aviões, segundo o piloto, incluem figuras conhecidas do PCC, como Roberto Augusto Leme da Silva ("Beto Loco") e Mohamad Hussein Mourad - ambos já alvos de outras operações por envolvimento com lavagem de dinheiro e fraudes.

Em nota, Antonio Rueda nega ser dono das aeronaves e repudia qualquer vínculo seu com investigados ou com o crime organizado. O União Brasil reforça que não há relação entre seu presidente e os fatos apurados. Fontes próximas à investigação afirmam que ainda não existem provas concretas, apenas indícios que seguem sendo apurados pela Polícia Federal. Até o momento, as acusações não foram judicializadas e correm sob sigilo, dificultando maior acesso público aos detalhes do inquérito.

Especialistas destacam que o caso pode alterar os rumos políticos do partido União Brasil, caso sejam confirmadas as suspeitas. As investigações seguem cercadas por atenção pública e pressões por respostas rápidas. A expectativa é que, nos próximos dias, depoimentos e documentos sejam anexados ao inquérito, trazendo à luz detalhes sobre a possível participação de políticos e empresários no suposto esquema criminoso.

O cruzamento de interesses entre política, empresas de aviação e organizações criminosas evidencia os desafios persistentes no combate ao crime financeiro e ao tráfico de influência no Brasil.

Com informações de: Terra.

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