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Deral projeta aumento de 10% na produção de soja nos Campos Gerais

Estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento aponta que a região deve colher 2,21 milhões de toneladas de soja nesta safra, 200 mil toneladas a mais que na anterior

Plantio de soja na região dos Campos Gerais está em fase inicial
Plantio de soja na região dos Campos Gerais está em fase inicial -

Fernando Rogala

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A última estimativa de safra realizada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, aponta que a região dos Campos Gerais deverá elevar em 10% a sua produção de soja, na comparação com a safra anterior. O levantamento revela que em uma área de 547,8 mil hectares, os produtores rurais dos 19 municípios do Núcleo Regional de Ponta Grossa do Deral deverão colher um total de 2,21 milhões de toneladas nesta safra 2024/2025, que está sendo plantada.

Essa produção é esperada diante de uma estimativa de produtividade de 4.050 quilos por hectare, valor que é 9% superior ao registrado no ciclo 2023/24 (3.710 quilos por hectare). Na última safra, 543,4 mil hectares foram ocupados com soja, resultando em uma colheita de 2,01 milhões de toneladas. Caso a estimativa de rendimento venha a ser confirmada, a região terá a terceira maior safra de sua história, atrás apenas das produções alcançadas na safra 2022/23 (2,23 milhões de toneladas) e na safra 2019/20, que foi a recorde, com 2,24 milhões de toneladas.

Em âmbito estadual, as condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão. Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.

Na região dos Campos Gerais, o plantio está em fase inicial.

FEIJÃO - O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% na comparação com os R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.

O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Nos Campos Gerais, a área plantada de feijão também foi ampliada nesta primeira safra de 2024/25, de 27,7 mil hectares para 31,6 mil hectares. Com um rendimento previsto de 2,1 mil quilos por hectare, espera-se uma produção de 66,3 mil toneladas, ou seja 76% da registrada no ciclo 23/24 (37,6 mil toneladas).

MILHO - Quanto ao milho, embora a área plantada nessa primeira safra de 2024/25 seja menor que a anterior, a estimativa é de que a produção seja maior. Isso acontece porque a estimativa de rendimento está em 11.050 quilos por hectare, 23% acima dos 9 mil quilos por hectare colhidos na safra anterior. A estimativa é de que, em uma área de 66,6 mil hectares, o total produzido alcançou 735,9 mil toneladas, contra as 671,2 mil toneladas produzidas nos 74,5 mil hectares no período 23/24.

Com informações da AEN

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