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HU-UEPG realiza cirurgias inéditas de endoscopia de coluna pelo SUS

Entre as principais patologias tratadas pela técnica estão hérnia de disco (a mais comum), estenose de canal lombar e estenose foraminal

Em pacientes jovens, o procedimento reduz as chances de problemas futuros
Em pacientes jovens, o procedimento reduz as chances de problemas futuros -

Publicado Por Milena Batista

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Viver melhor e sem dor: a expectativa de todo paciente que realiza uma cirurgia eletiva agora pode ser realizada de forma mais rápida, com uma nova tecnologia disponível no Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Pela primeira vez, cirurgias endoscópicas de coluna são realizadas no HU-UEPG, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O chefe da neurocirurgia nos HUs, Fabio Alex Fonseca Viegas, comemora a conquista para a saúde pública dos Campos Gerais. “Esta técnica moderna, minimamente invasiva, traz benefícios incríveis para o paciente: menor corte e cicatriz reduzida, menos dor no pós-operatório, recuperação rápida, alta hospitalar precoce e retorno ágil às atividades diárias”, explica. Por meio de um endoscópio (um tubo fino com câmera e luz), é possível realizar uma cirurgia minimamente invasiva, que causa menos trauma do que os procedimentos convencionais.

A diretora-geral dos HUs, Fabiana Postiglione Mansani, destaca que a realização desse tipo de cirurgia minimamente invasiva demonstra o avanço em complexidade, em tecnologia, e também na especialização e capacitação das equipes médicas. Além disso, ela comemora o conforto e a segurança trazidos para os pacientes atendidos pelo SUS. “Cirurgias minimamente invasivas têm uma recuperação muito mais rápida. O paciente consegue ficar menor número de dias dentro do hospital e isso faz com que o nosso HU se torne ainda mais eficiente”, enfatiza.

“Todo mundo ganha”, enfatiza o diretor técnico dos HUs, Marcelo Young Blood. “O cirurgião consegue fazer um procedimento com uma tecnologia de ponta – e a gente tem equipe treinada para isso -; o paciente ganha no tempo de internamento, com menor dor no pós-operatório, na recuperação mais rápida; e o SUS ganha também, no sentido de que esse paciente fica menos tempo no hospital, vai requerer uma menor reabilitação, e acaba que o paciente pode retornar mais rápido ao trabalho e às funções que ele já exercia anteriormente”.

Entre as principais patologias tratadas pela técnica estão hérnia de disco (a mais comum), estenose de canal lombar e estenose foraminal (estreitamentos dos canais por onde passam os nervos na coluna). Segundo Viegas, o grande diferencial do HU-UEPG é a capacitação da equipe. “Contamos com neurocirurgiões altamente especializados, oferecendo um padrão de excelência técnica raramente visto no serviço público. É tecnologia de ponta e competência médica a serviço da nossa população”. O procedimento é realizado com auxílio de raio-X para marcar o ponto exato de entrada. A cirurgia começa com uma incisão pequena, de um a dois centímetros. Em seguida, são inseridos um marcador, a cânula de trabalho e, por fim, o endoscópio, que possui iluminação própria, canal de trabalho para passagem de instrumentos e sistema de irrigação que mantém o campo de visão limpo.

Segundo o médico Luiz Henrique Cardoso Pereira, a principal diferença entre o método endoscópico e a cirurgia tradicional está no uso do microscópio ou da lupa, associado à endoscopia, que permite uma lesão menor da musculatura e a retirada reduzida de osso. “Isso faz com que a recuperação do paciente seja muito mais rápida e, a longo prazo, diminui a chance de complicações, como o desgaste da coluna”, explica.

Em pacientes jovens, o procedimento reduz as chances de problemas futuros. “Eles têm uma vida longa pela frente. A chance de ocorrerem complicações futuras relacionadas ao desgaste é muito menor”, destaca Luiz Henrique. Os benefícios, porém, não se restringem aos mais jovens. Em pacientes idosos, um dos pontos positivos é a perda de sangue significativamente reduzida em comparação aos procedimentos abertos. “É quase zero. Muito baixa mesmo”, afirma o especialista.

A oferta dessa tecnologia em um hospital 100% SUS é considerada um marco. “É um grande avanço. Até mesmo nos convênios, enfrentamos dificuldade para liberar esse tipo de procedimento. Disponibilizá-lo para os pacientes do SUS é muito importante”, avalia o médico. A técnica foi incorporada recentemente ao serviço de saúde do Brasil, passando a integrar o rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) em 2021, o que, na prática, garante que pacientes de planos de saúde tenham direito a acesso ao método sempre que houver indicação médica.

O neurocirurgião reforça que a recuperação acelerada é o maior benefício. “Muitos pacientes chegam com dor intensa, com limitações e até atrofia muscular por conta do quadro. Quando conseguimos reabilitá-los rapidamente, há melhora da dor, do humor e até redução do risco de depressão. É uma cirurgia muito boa, e é muito positivo termos isso disponível no SUS”.

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  • A oferta dessa tecnologia em um hospital 100% SUS é considerada um marco
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Informações: UEPG

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