Advogados afirmam que não há provas de que genro empurrou sogra da escada
Advogado Fernando Madureira enviou uma nota ao Portal aRede falando sobre estratégia de defesa
Publicado: 10/10/2025, 10:53

O Ministério Público do Estado do Paraná denunciou André Ferreira por tentativa de homicídio contra a sogra, Marlene Foltran, de 87 anos, após a morte da vítima na última quarta-feira (8).
André é acusado de empurrar a própria sogra da escada de um prédio localizado no bairro Órfãs, em Ponta Grossa, no final do ano passado. A queda causou traumatismo cranioencefálico grave e resultou na morte da idosa nesta semana. A Justiça determinou que André seja julgado pelo Tribunal do Júri por tentativa de feminicídio.
A morte da vítima, que permanecia em tratamento decorrente das lesões sofridas na queda, trouxe dúvidas sobre se o acusado deve ser responsabilizado por feminicídio consumado — o que aumentaria a pena de André para 20 a 40 anos de reclusão, com agravante de um terço, já que a vítima tinha mais de 60 anos.
Em entrevista exclusiva ao Portal aRede, os advogados Fernando Madureira e Herculano de Abreu Filho, encarregados da defesa de André, informaram que não há prova de que a morte da vítima tenha sido consequência da queda sofrida em 12 de dezembro de 2024, não havendo motivo para aditamento da denúncia para que o réu responda por feminicídio consumado.
Madureira afirmou que as provas apresentadas contra o acusado são apenas circunstanciais, não podendo ser descartada a hipótese de que a queda tenha sido acidental, considerando que o acusado nega ter agredido a vítima e não há testemunhas dos fatos.
O processo está aguardando o julgamento do recurso impetrado pela defesa.