Cervejaria de PG se torna a maior fábrica da Heineken no Brasil

Ponta Grossa tem, atualmente, a maior cervejaria do grupo Heineken do país em volume de produção, se transformando também na que mais produz a cerveja Heineken. Essa posição foi alcançada após uma série de investimentos realizados na planta fabril de Ponta Grossa, que passaram de R$ 1,3 bilhão em um período inferior a dez anos. A informação foi confirmada pelo diretor da cervejaria de Ponta Grossa, Reinaldo Franco, à revista 'PG Competitiva'.

Mais do que ser referência no mercado nacional, a planta fabril da cidade também se transformou uma das maiores do grupo no mundo, detalha o diretor. “Estamos entre os maiores do mundo também nessa fábrica de Ponta Grossa, hoje. É interessante comentar, porque nem todo mundo tem esse conhecimento, do tamanho dessa fábrica, da relevância dela. E lógico, com muita inovação, muita tecnologia, uma fábrica com um nível de automação muito bacana, e isso nos estabiliza e dá uma performance para termos esse volume tão alto”, ressalta Reinaldo Franco.

O diretor recorda do histórico de investimentos da planta da cidade, que entrou em operação em 1996, como uma fábrica da Kaiser, que se transformou em Femsa e depois em Heineken. “Éramos uma fábrica, vamos colocar assim, média, que foi da antiga Kaiser, até 2015. Aí essa expansão, em 2016, de perto de R$ 450 milhões, foi a primeira, que começamos a produzir [a cerveja] Heineken, trazer tecnologia, expansão no espaço físico. E aí em 2020, para a segunda fase de expansão, onde projetamos a expansão para se tornar a maior fábrica do Brasil, e chegar nesse tamanho que a gente tem hoje, foi perto de R$ 850 milhões”, destacou o diretor.

Nesse segundo grande investimento, anunciado em 2020, Reinaldo explicou que a expansão ocorreu até os limites da fábrica, com a instalação de mais linhas de envase. “Com a expansão, trouxemos o maior número de tanques. Quem passa na rodovia, para quem vai para Curitiba, deve ter notado que, em pouco tempo, entre 2021 até agora, cada vez mais o complexo aumenta. Então foi mais processo de produção de cerveja, caldeiras novas, ampliação de espaço de distribuição de cerveja, enfim, tudo cresceu ao mesmo tempo”, esclarece.

Com os investimentos, a fábrica da cidade passou a ter algumas peculiaridades, como ser a única do Brasil a produzir os barris de Heineken de 5 litros vendidos no país (Kegs), além de ser a planta fabril que mais produz Heineken Zero do Brasil e uma das maiores em volume de produção dessa bebida no mundo. “Produzimos aqui também a Sol Premium, e toda a linha Heineken. Envasamos em garrafas de 600 ml, garrafas long neck, latas maiores, menores, enfim, para todos os gostos”, destaca o diretor, reforçando toda a tecnologia empregada na unidade.

Da mesma forma, os investimentos priorizaram a sustentabilidade.

  "Nossos investimentos não trouxeram só a expansão, trouxeram uma sustentabilidade que nos propicia hoje ter uma energia 100% renovável: a nossa produção de cerveja é 100% verde. E um dos temas que mais se discute é a água. Hoje o nosso consumo de água está no nível mínimo, que é um padrão de referência praticamente mundial. Estamos no que a gente chama de ‘World Class’ em termos de consumo de água."

LOGÍSTICA E QUALIFICAÇÃO - Entre os motivos pelos quais a Heineken prioriza a fábrica de Ponta Grossa estão a logística favorável e a mão de obra. “A questão logística nos ajuda muito, então é uma região muito favorável, não só para a nossa indústria, mas para várias. E também a capacitação: a gente vê a cidade crescendo, o nível de capacitação, as escolas, as universidades, e temos essa presença de pessoas capacitadas. Nós também capacitamos muito, temos muita formação, muita entrega de elementos de desenvolvimento para as pessoas, e hoje temos um nível de sofisticação de tecnologia, podendo crescer muito”, conclui. Além disso, a cidade recebeu a Maltaria Campos Gerais, que começou a fornecer a indústria, e tem a fábrica de latas da Crown, que também são utilizadas pela cervejaria.

FUNCIONÁRIOS - Apesar dos investimentos em inovação, a Heineken mais que dobrou o número de colaboradores em menos de uma década, exigindo mão de obra qualificada. “Hoje, estamos com cerca de 575 funcionários diretos, que é uma expansão grande que a gente teve ao longo dos anos, então mesmo com esse nível de forte automação, é uma quantidade bacana. E o número de indiretos oscila: geralmente temos um número maior de indiretos, mas varia muito entre o pessoal que nos atende com os caminhões e os nossos parceiros que trazem produtos”, completa Reinaldo.