Coluna RC entrevista Márcio Zwierewicz, presidente do Sicredi
Em 2025, a instituição consolidou avanços estruturais, ampliou sua presença regional e reforçou o cooperativismo como modelo sólido, humano e sustentável de fazer negócios
Publicado: 18/12/2025, 00:00

O Sicredi é mais do que uma instituição financeira: é um agente de desenvolvimento que cresce junto com as pessoas, empresas e comunidades onde está presente. Em 2025, esse papel ficou ainda mais evidente na atuação do Sicredi Campos Gerais, Grande Curitiba, Vale do Ribeira e Força dos Ventos PR/SP, que consolidou avanços estruturais, ampliou sua presença regional e reforçou o cooperativismo como modelo sólido, humano e sustentável de fazer negócios.
À frente desse movimento está Márcio Zwierewicz, presidente da cooperativa, cuja liderança tem sido marcada por decisões estratégicas, crescimento com responsabilidade e um olhar atento ao impacto gerado nas cidades. Nesta entrevista especial, ele compartilha os momentos que marcaram o ano, as curvas inesperadas do caminho e as perspectivas para o futuro.
RC – Qual foi o momento de 2025 em que você sentiu que estava realmente deixando sua marca na cidade?
Márcio - Neste ano, tivemos um momento emblemático ao lado de todos os nossos ex-presidentes para celebrar conquistas que dizem muito sobre a força do cooperativismo: chegamos a 200 mil associados — hoje já somos quase 230 mil —, incorporamos a Sicredi Força dos Ventos SP e anunciamos a expansão da nossa sede regional aqui em Ponta Grossa. Ali, senti que estamos deixando uma bela marca na cidade: pelo orgulho de administrar, a partir de Ponta Grossa, uma rede de 62 agências que vai de Peruíbe a Curiúva, Holambra e até a capital do estado; e por iniciar a construção de um centro de eventos para mais de 2 mil pessoas, que vai fortalecer o ambiente de negócios de toda a região. Mas, como é próprio do cooperativismo, gosto de dizer que a marca que deixamos na cidade só existe porque a marca que as cidades deixam na gente é muito maior: é a confiança das pessoas e das empresas que nos permite fazer sempre mais. É essa confiança que nos inspira a seguir construindo juntos, com equilíbrio e propósito.
RC - Qual conquista deste ano melhor representa a pessoa e o profissional que você se tornou?
Márcio - É difícil escolher apenas uma conquista, porque 2025 foi um ano de muito aprendizado e amadurecimento — para mim e para a cooperativa. Cada passo trouxe reflexões sobre quem somos e para onde queremos ir. Entre os momentos marcantes, destaco o Prêmio Líderes Regionais do Paraná (LIDE), que não vejo apenas como um reconhecimento, mas como um reflexo do impacto positivo que conseguimos gerar juntos. Outro marco foi participar do maior evento do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU), em Estocolmo, levando a experiência do Sicredi para um painel sobre impacto escalável. Estar ali não foi sobre mim, mas sobre a honra de representar o Sicredi e mostrar ao mundo que nosso jeito de fazer cooperativismo é capaz de transformar realidades e gerar impacto positivo onde mais importa: nas pessoas e nas comunidades. Essas vivências reforçaram algo que acredito profundamente: resultados consistentes nascem da confiança, da governança e do compromisso com o desenvolvimento regional — sempre equilibrando cuidado com as pessoas e operações com propósito.
RC - Qual foi a curva inesperada que redefiniu seu caminho em 2025?
Márcio - A incorporação da Força dos Ventos foi a grande curva inesperada de 2025 — um presente que não estava nos planos, mas que trouxe novas possibilidades de crescimento e integração. Esse movimento ampliou horizontes, aproximou culturas e fortaleceu nossa presença regional. Essa experiência reafirmou uma convicção pessoal e profissional: conquistas construídas coletivamente têm um valor muito maior do que as fáceis. Essa incorporação aconteceu porque a Força dos Ventos reconheceu em nós uma cooperativa íntegra, sólida e confiável — e isso, por si só, já é um grande presente. Fizemos jus à confiança que eles depositaram em nós: conduzimos todo o processo de forma humana, transparente e responsável, preservando histórias e valores, enquanto garantimos Classificação da informação: Uso Interno nossa governança e segurança institucional. Esse equilíbrio não apenas redefiniu caminhos, mas também ampliou nosso senso de responsabilidade diante do impacto positivo que geramos nas comunidades onde atuamos.
RC - Qual movimento deve ganhar ainda mais força em 2026 e como você espera contribuir para o cenário que se desenha?
Márcio - Nossa cooperativa tem metas claras: chegar, até 2030, a 100 agências e 500 mil associados. Isso significa mais oportunidades para toda a região, ampliando o acesso aos nossos produtos, serviços e à educação financeira. Mas esse crescimento precisa ser construído passo a passo, com solidez e propósito. Meu papel, como presidente, é garantir que os pilares social e econômico caminhem juntos, de forma equilibrada e indissociável. Seguiremos fortalecendo a inclusão financeira e o desenvolvimento local como instrumentos reais de transformação. Mais do que crescer em tamanho, queremos crescer em relevância, impacto e confiança para as pessoas, empresas e para o agronegócio. É assim que o cooperativismo gera prosperidade coletiva e constrói um futuro sustentável para as comunidades e para as próximas gerações.





























