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Projeto da UEPG valoriza memória da população negra em Ponta Grossa

Proposta é criar um roteiro histórico e documentar espaços significativos para a comunidade negra ponta-grossense

Projeto é vinculado ao Museu Campos Gerais
Projeto é vinculado ao Museu Campos Gerais -

Matheus Gaston

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O projeto de extensão Rota Preta PG busca promover o protagonismo cultural e a valorização do patrimônio histórico marcados pela presença preta e parda em Ponta Grossa. A iniciativa do Museu Campos Gerais (MCG) é desenvolvido em parceria com o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e com o movimento negro local.

A proposta do projeto é criar um roteiro histórico e documentar espaços significativos para a comunidade negra ponta-grossense. Para além da memória e valorização cultural, a iniciativa ainda busca contribuir para a educação patrimonial, destacando a importância da preservação e do reconhecimento dos patrimônios materiais e imateriais.

Durante seis meses, alunos da graduação e licenciatura em História, estagiários do MCG e membros do movimento negro realizaram o levantamento de locais que fazem referência à presença negra em Ponta Grossa. Ao todo, foram identificados 52 pontos na área urbana e rural do município.

“Algo que percebemos foi uma conexão entre territórios negros, não só pela questão da racialização, mas também a partir de práticas socioculturais, como o samba e a capoeira. É uma teia de relações raciais que evidenciam experiências e mobilizam memórias”, explica Merylin Ricieli, pesquisadora e integrante do projeto. 

Os locais identificados pelo levantamento são espaços religiosos e de sociabilidade, estabelecimentos comerciais, entre outros pontos. A pesquisa realizada pelos membros permitiu a criação de cinco circuitos: dois na região central, dois nos bairros Uvanaras e Olarias e outro na zona rural. 

No fim de setembro, o projeto realizou um “roteiro piloto” com a participação de mais de 30 pessoas. “A ideia foi que os participantes se sintam preparados para aplicar o conhecimento aprendido em suas respectivas áreas de atuação”, conta Merylin.

Na próxima quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, o projeto vai promover um novo passeio. As vagas para participação já foram preenchidas. Novas atividades devem acontecer futuramente e serão divulgadas no site e nas redes sociais do MCG (@museucamposgerais).

Niltonci Chaves, diretor do Museu Campos Gerais, reforça a importância do projeto Rota Preta como mecanismo de posicionamento em discussões sobre racialidade no Brasil. “O museu é uma instituição inserida na sociedade. Trazer temas que são de interesse público, que promovam reflexões sobre a sociedade, é algo essencial”, pontua.

VÍDEO
aRede.info
Confira a live sobre o projeto Rota Preta | Autor: aRede.info
  

EXPOSIÇÃO - O Museu Campos Gerais (MCG) inaugura nesta terça-feira (19), a partir das 19h, a exposição Africanidades em Máscara. A abertura terá programação cultural com exibição de documentário, contação de histórias com a artista Ana Cláudia Oliveira, divulgação dos trabalhos de trancistas locais, além de apresentações culturais.

A mostra ficará disponível para visitação até o início do ano que vem. “É uma oportunidade de celebrar a história da população negra”, afirma Merylin Ricieli. O MCG fica na Rua Engenheiro Schamber, 686, no Centro de Ponta Grossa. 

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