Renato Freitas detalha briga em Curitiba: 'Neutralizei a agressão e dei tapas na bunda dele' | aRede
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Renato Freitas detalha briga em Curitiba: 'Neutralizei a agressão e dei tapas na bunda dele'

Deputado afirma que reagiu para proteger a mãe do filho e critica ofensas racistas sofridas durante confronto no Centro de Curitiba

Renato Freitas (PT) em coletiva de imprensa na Alep
Renato Freitas (PT) em coletiva de imprensa na Alep -

Publicado por Lucas Veloso

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Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (21), em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado estadual Renato Freitas (PT) detalhou sua versão sobre a briga ocorrida na quarta-feira (19), no Centro de Curitiba. Ele respondeu às principais dúvidas sobre o episódio, que já motivou quatro pedidos de cassação.

O que motivou o início da confusão?

Renato Freitas:

“Eu tinha acabado de sair da ecografia do meu filho, muito feliz, quando atravessamos a rua e um carro fez uma manobra perigosa em cima de nós. Eu disse ‘respeita o pedestre’ e continuei andando. Ele abaixou o vidro, me encarou e me xingou: ‘lixo’, ‘noia’ e outros palavrões.”

Houve reação da sua parte nesse primeiro momento?

Renato:

“Eu não parei para xingar ou revidar. Segui até a calçada. Ele estacionou o carro, desceu correndo e veio para cima de mim. Como a mãe do meu filho está grávida, eu fui ao encontro dele para neutralizar a ameaça. Meu amigo Carlos interveio primeiro, eles caíram no chão e eu fiquei de pé, apenas observando, porque a agressão já havia sido contida.”

O senhor diz que apenas conteve a situação. Chegou a agredir o motorista?

Renato:

“Eu não sou partidário de covardia ou brutalidade. Em nenhum momento o agredi no primeiro confronto. As imagens mostram que fiquei parado ao lado da mureta. A única vez que toquei nele foi quando dei dois tapas na bunda dele e disse para respeitar os mais velhos.”

Imagem ilustrativa da imagem Renato Freitas detalha briga em Curitiba: 'Neutralizei a agressão e dei tapas na bunda dele'

E o segundo confronto, visto nas imagens?

Renato:

“Pouco depois, ele voltou com outras pessoas, me cercou e deu um soco no meu rosto. Daí sim começou a briga. Dei dois chutes nele, nos embolamos, e eu o imobilizei para cessar a agressão. Depois fui fazer exames, porque estava sangrando.”

Por que não simplesmente ir embora?

Renato:

“Era o ideal, mas eles entraram na frente do carro e ele bateu na lateral. Não tínhamos como seguir. Tive que repelir a agressão para proteger também a mãe do meu filho, que estava dentro do veículo.”

O senhor teme punição por quebra de decoro?

Renato:

“Estou tranquilo. O Código fala em ‘exercício do mandato’. Eu não estava em agenda oficial, estava indo a um exame médico. Interpretar que um parlamentar exerce o mandato até dormindo é absurdo.”

Imagem ilustrativa da imagem Renato Freitas detalha briga em Curitiba: 'Neutralizei a agressão e dei tapas na bunda dele'

O deputado fala em ofensas racistas. O que teria sido dito?

Renato:

“Quando uma pessoa branca olha para um casal negro e nos chama de ‘lixo’ e ‘noia’, está dizendo que somos sub-humanos. Ele não me conhecia. Só pela aparência, me enxergou assim.”

O senhor acredita que o confronto foi proposital?

Renato:

“Estamos investigando. Soube que ele segue somente dois políticos: Pablo Marçal e Guilherme Kielse [vereador de Curitiba]. Além disso, já foi preso por portar simulacro de arma e publicou que brigou com várias pessoas em uma mesma noite. Pode ter sido algo sincronizado, não espontâneo.”

A defesa do senhor afirma que as imagens divulgadas foram editadas. O que falta ser mostrado?

Renato:

“As gravações deles têm cortes. Por que não mostrar tudo? Fomos ao estacionamento pedir as imagens, mas a síndica tratou meus assessores negros como se fossem bandidos e só falou com o assessor japonês. Não temos acesso ao material completo.”

O senhor se considera vítima?

Renato:

“Não sou vítima nem algoz. Sou sobrevivente. Se alguém me bate no meio da rua, eu vou reagir. Se quisesse ser vítima, teria ficado caído chorando para gerar comoção. Eu faço o contrário: enfrento.”

Com informações de Banda B, parceira do Portal aRede.

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