‘Sarro’: dança debochada é febre entre jovens de Curitiba; veja vídeo | aRede
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‘Sarro’: dança debochada é febre entre jovens de Curitiba; veja vídeo

Os jovens se reúnem em praças, como o Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, para dançar e se divertir; modalidade viralizou no TikTok

Jovens dançam 'sarro' em Curitiba
Jovens dançam 'sarro' em Curitiba -

Publicado Por Milena Batista

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“O sarro tá na rua, tá em casa, tá nos bailes, tá no tubo, tá em todo lugar”, resume o influenciador e dançarino Mateus Gabriel do Prado Alves, de 19 anos, mais conhecido nas redes sociais por “chapadinho 0041”. Popular entre os jovens de Curitiba, o sarro é um estilo de dança para música eletrônica. Veja:

VÍDEO
Há centenas de vídeos de jovens dançando em festas, nas ruas, e em casa | Autor: Reprodução
  

A modalidade viralizou no TikTok em 2024. E Alves foi um dos responsáveis por esse boom, ao aparecer em uma entrevista falando sobre seu gosto musical e “mandando um sarro” -forma como seus praticantes de referem à dança. A repercussão foi tanta que o DJ e produtor musical Alok reagiu ao vídeo e o convidou para dançar no clipe da música “Body Talk”, lançado em dezembro do mesmo ano.

O sarro, também conhecido como sarrinho ou passinho de rave, é influenciado pelo estilo de dança shuffle, com movimentos rápidos de pés, mãos e corpo. Ele faz parte da cultura das raves e da música eletrônica na cidade.

Nas redes sociais, há centenas de vídeos de jovens dançando em festas, nas ruas, em casa e também ensinando a reproduzir os passos. Hoje, Alves é um dos nomes mais populares do estilo na internet. Ele conta com mais de 150 mil seguidores nas redes sociais e 1,7 milhões de curtidas no TikTok, onde publica diariamente vídeos dançando.

“O que me atrai é o deboche, a ousadia e a diferença de dançar”. Para dançar o sarro, segundo ele, tem que sentir a música, se jogar sem vergonha e ousar. Não ter medo de errar. “Tem que ser carudão”.

Alves explica que não existe algo errado ou certo, que para começar mandar um sarro basta fazer o que vier na cabeça. “Se errar, tenta fazer de novo, vai praticando e com o tempo vai aperfeiçoando teu sarro”. Ele, por exemplo, aprendeu observando um amigo que frequentava raves e também por vídeos na internet.

As vertentes da música eletrônica que mais tocam nos fones de ouvido, caixas de som e nas festas dos adeptos ao sarro são house, techno, bass music e desande, que têm batidas mais aceleradas e energéticas. Esses ritmos permitem que os dançarinos encaixem os movimentos na música e explorem diferentes combinações de passos, formando uma dança única para cada pessoa.

“Qualquer toquezinho já vira batida, e vira dança para nós”, explica Alves. “A galera gosta de se divertir com o que dá”. Mas a cultura envolta do sarro vai além de apenas a música e dança.

Similar à cultura mandrake do funk paulista -pela estética, gírias e os bailes-, esses jovens criaram algo como uma subcultura característica de Curitiba. Eles vestem boné de crochê, colete utilitário, modelos de óculos conhecidos como ‘lupas”, cordões prata, touca russa -especie de ushanka menor- , além das bermudas, camisetas e moletons - tudo largo ao corpo e estampado com cores e desenhos chamativos. Marcas como Oakley e Ecko Unltd fazem sucesso entre os praticantes.

Na capital paranaense, alguns lugares despontam como epicentros do sarro. O Park Art, um dos nomes mais mencionados nas redes sociais por quem dança o estilo, é um clube da cidade que promove festas de música eletrônica regularmente. Chapadinho também menciona a rave Connection como outro lugar que o grupo gosta de ir.

Os jovens também se reúnem em praças, como o Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, para dançar e se divertir.

Com a atenção que o movimento ganhou no último ano, Chapadinho acredita que o sarro -que já era forte na cidade- está ainda mais forte no cenário cultural do país. “Agora com mais gente vendo, vamos continuar e o sarro vai viver muito ainda”, diz.

Informações: Banda B, parceiro do Portal aRede

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