Boneca com dentes afiados é banida de país e motivo é intrigante
Personagem movimentou mais de R$ 2,3 bilhões em receita apenas em 2024
Publicado: 23/05/2025, 09:07

Com orelhas de coelho, dentes afiados e um olhar que mistura o fofo com o estranho, a boneca Labubu se tornou um fenômeno entre jovens e colecionadores ao redor do mundo. Criada em Hong Kong e popularizada pela gigante chinesa Pop Mart, a personagem movimentou mais de R$ 2,3 bilhões em receita apenas em 2024. Mas o sucesso da “boneca feia” começa a ser ofuscado por proibições e polêmicas internacionais.
A mais recente aconteceu no Reino Unido, onde a Pop Mart decidiu suspender temporariamente as vendas presenciais de Labubu após aglomerações em lojas e risco à segurança. Agora, os bonecos só podem ser comprados online no país.
A popularidade da Labubu explodiu após aparições com celebridades, como Lisa (BLACKPINK), que exibiu a boneca presa à bolsa. No TikTok, a hashtag #labubu soma milhões de visualizações, com vídeos de “unboxing”, coleções e até sorteios ao vivo das blind boxes — uma dinâmica que muitos apontam como semelhante a apostas online.
Em plataformas como StockX, modelos raros são revendidos por centenas de dólares. Já em aplicativos como AliExpress, surgem imitações conhecidas como fauxbubus ou lafufus — versões piratas com qualidade inferior.
BRINQUEDO OU JOGO DE AZAR? - O modelo de vendas da Pop Mart é simples — e controverso: os bonecos são vendidos em “blind boxes”, ou caixas-surpresa, que não revelam qual personagem está dentro até serem abertas. A prática, altamente viciante, leva fãs a gastarem valores altos em busca de versões raras, que valem mais entre colecionadores.
Essa mecânica levou críticos a compararem a Pop Mart a um “cassino disfarçado de brinquedo”, já que a lógica lembra jogos de azar. Na China, Singapura e Malásia, autoridades discutem se o modelo pode ser regulamentado como prática de aposta.
A febre pelo brinquedo também tem gerado problemas sociais. Na Indonésia, escolas baniram a entrada de Labubus após relatos de bullying e exclusão entre alunos que não possuíam a boneca. “Clubes” exclusivos foram formados entre crianças que tinham os modelos mais cobiçados, o que levou a medidas restritivas.

Informações: Diário do Comércio