Bombeiros civis e seguranças denunciam situação precária em Guaratuba | aRede
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Bombeiros civis e seguranças denunciam situação precária em Guaratuba

Profissionais contaram que desistiram do trabalho ao ver a situação e parte de quem ficou não recebeu pelos dias trabalhados durante o Carnaval

Pessoas contratadas ficaram em condições precárias
Pessoas contratadas ficaram em condições precárias -

Banda B

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Depois de anos sem festa por conta da pandemia, Guaratuba, no litoral do Paraná, voltou a receber muita gente para o Carnaval. A alegria tomou conta de quem estava na cidade, menos para quem estava trabalhando nas equipes de segurança e assistência aos veranistas. Profissionais contratados pela empresa Terceriza Segurança Ltda. procuraram a reportagem do Portal Banda B para denunciar as condições de trabalho que passaram os dias na cidade. Muitos desistiram do trabalho ao ver que o que foi prometido não seria cumprido e outra parte alega até ainda não ter nem recebido. 

A situação começou a ser percebida pelos funcionários terceirizados quando chegaram em Guaratuba para começar o trabalho. No sábado (18), os profissionais viram que a promessa não seria cumprida, a começar pelas condições de trabalho.

A bombeira civil Débora de Oliveira Casé, 42 anos, tinha sido contratada para ser supervisora das equipes. Mas quando chegou, desistiu.

“Saímos no dia 18, sábado pela manhã. Comemos um pão, porque a pessoa responsável pagou do bolso dela […]. Chegamos era 15h, não nos ofereceram alimentação. Queríamos que nos trocássemos e fossemos trabalhar, porque tínhamos que estar na avenida. Quem foi uma noite antes, passou a noite no galpão molhado, sem alimentação”, disse Débora de Oliveira Casé, bombeira civil.

Segundo Débora, a promessa era de um alojamento, com café da manhã, almoço e janta, inclusive com três cozinheiros. 

“Teríamos que levar colchonetes, cobertores, quem quisesse levar barraca, poderia levar. Disseram que teríamos estrutura, mas não tinha nada. Ficamos num galpão, tudo aberto, as pessoas passaram fome”, contou Débora de Oliveira Casé, bombeira civil.

Ao perceberem que as equipes iriam desistir de trabalhar, responsáveis pela empresa tentaram negociar e teriam oferecido, conforme os profissionais, R$ 20 a mais. 


Boletim de ocorrência

Sem acordo, os profissionais foram para a Delegacia de Guaratuba, onde fizeram boletim de ocorrência. Segundo os trabalhadores, pelo menos 16 bombeiros voltaram embora ao perceberem a situação. 

Uma bombeira, de 26 anos, que também preferiu não ser identificada, ficou até o fim. Ela, que é formada em Recursos Humanos, contou que recebeu o valor combinado, mas definiu a situação que passou durante os dias de trabalho como “situação precária”.

Depois de reclamarem, os profissionais foram levados para um CMEI, onde dormiram em salas de aula, segundo a bombeira. “A situação foi de calamidade. Trabalhamos da pior forma, mas fizemos nosso serviço”.

Seguranças não receberam: Passados os dias de trabalho, os profissionais que resolveram ficar já deveriam ter recebido pelo trabalho que desempenharam. Apesar disso, muitos procuraram a Banda B para dizer que nem viram a cor do dinheiro.


Contrato terceirizado

O contrato de trabalho da Terceriza Segurança Ltda. foi de R$ 733.946,70 dividido em duas partes, a maior delas de R$ 631.449,60, para a prestação de serviços de segurança e bombeiros civis.

Conforme consta no Portal da Transparência da cidade, o valor contemplaria diárias de R$ 379,92 para cada profissional, mas o oferecido aos profissionais, conforme os relatos à reportagem, foi de R$ 100. 

A Prefeitura de Guaratuba foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre a situação.


Terceirizada se pronuncia

Procurada pela reportagem da Banda B, a Terceriza confirmou que houve um alagamento no local onde seria o alojamento oficial dos contratados, o que impossibilitou que o local fosse usado como alojamento.  

A empresa disse que, no que tange a informação da ausência de segurança nos alojamentos, trata-se de comunicação inverídica, “pois a empresa Terceriza disponibilizou por tempo integral a presença de segurança para a proteção dos bens dos servidores”. 

Segundo a empresa, “o responsável pela empresa estava no carnaval em Guaratuba e realizou a tentativa de acordar com os bombeiros, inclusive disponibilizou alojamento e alimentação, porém a maioria dos bombeiros civis não aceitou. Posteriormente alguns bombeiros civis entenderam a situação, reconhecendo o evento chuvoso que causou o desentendimento não se iniciou por parte da empresa Terceriza, e os demais que não aceitaram tal situação retornaram para a capital paranaense”. 

Veja a reportagem completa e mais detalhes no Portal Banda B

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