Municípios dos Campos Gerais geram mais de R$ 70 bilhões em riquezas | aRede
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Municípios dos Campos Gerais geram mais de R$ 70 bilhões em riquezas

Cidades dos Campos Gerais têm grande relevância na geração de riquezas na indústria e no agronegócio do Estado, com participação superior a 14%

Essa participação sobe para a casa dos 14% ao observar ambos os setores que mais têm força na economia regional: o agronegócio e a indústria
Essa participação sobe para a casa dos 14% ao observar ambos os setores que mais têm força na economia regional: o agronegócio e a indústria -

Fernando Rogala

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Os municípios da região, abrangidos pelo Livro-Anuário Caminhos dos Campos Gerais, têm grande participação na geração de riquezas para a economia do Paraná. Do Valor Adicionado (VA) de R$ 572,79 bilhões em riquezas geradas em todo o Estado no ano de 2023, os 31 municípios da região geraram R$ 70,16 bilhões, o que equivale a 12,25% de todas as riquezas do Paraná. Essa participação sobe para a casa dos 14% ao observar ambos os setores que mais têm força na economia regional: o agronegócio e a indústria.

Uma compilação dos valores, realizada pelo Portal aRede, junto aos números divulgados pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), apontam que somente a indústria gerou quase 50% de todo esse VA da região, somando R$ 34,4 bilhões. Esse montante corresponde a 14,28% de todo o Valor Adicionado da Indústria do Estado (R$ 241,5 bilhões). Já no caso do agronegócio, do VA total de R$ 135,1 bilhões gerado em 2023, a região gerou R$ 19,3 bilhões, ou o equivalente a 14,31% de ‘share’. Em outra ótica comparativa, esses 31 municípios representam somente 7,7% de todas as 399 cidades paranaenses, seus 1,24 milhão de habitantes, equivalem a 10,4% da população estadual (11,82 milhões).

No âmbito do Valor Adicionado, Ponta Grossa é a cidade que mais gera riquezas na região, ao alcançar um valor de R$ 19,45 bilhões em 2023. A cidade foi uma das que mais elevou o VA em relação ao ano anterior, com um incremento de 27,9% sobre os R$ 15,2 bilhões registrados em 2022.  “Isso tudo é resultado de uma política pública de atração de investimentos, demonstrando que nossa cidade é competitiva e possui um ambiente favorável de negócios. Também mostra que nosso parque industrial continua em ampliação, que nosso comércio aquecido e que a produção agrícola está em alta”, explica o secretário municipal da Fazenda de Ponta Grossa, Claudio Grokoviski.

Na sequência, aparece Castro, referência em produção do agronegócio, com um Valor Adicionado de R$ 5,8 bilhões, e na terceira posição, Ortigueira, com a grande potência na produção industrial, fruto dos investimentos superiores a R$ 21 bilhões da Klabin, alcançando um VA de R$ 5,65 bilhões.

Confira o ranking
Confira o ranking |  Foto: Divulgação.
 

Para a maioria dos municípios, 19 deles, o agronegócio é a maior fonte de geração de riquezas para a economia municipal. O comércio é o maior gerador de dividendos para duas cidades: Inácio Martins, com quase 50% de participação (R$ 103,7 milhões diante de um VA de R$ 212,7 milhões) e Irati, que tem os três valores bastante equilibrados: produção primária com R$ 549 milhões, a indústria com R$ 588 milhões, e o comércio com R$ 657,7 milhões de VA. Já a indústria é a protagonista em 10 municípios: Campo Largo, Imbaú, Jaguariaíva, Mallet, Ortigueira, São Mateus do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Sengés e Telêmaco Borba. 

Comércio movimenta a economia regional

Ponta Grossa também lidera no VA do comércio, com R$ 5,06 bilhões gerados. Campo Largo teve um valor de R$ 1,95 bilhão, enquanto que Castro alcançou R$ 1,27 bilhão. Os outros municípios com alta geração de riquezas no comércio foram Telêmaco Borba, com R$ 827 milhões; Carambeí, com R$ 747 mi; Irati, com R$ 657 mi; e Palmeira, com R$ 530 mi. Depois, empatados com R$ 517 milhões, aparecem Arapoti e São Mateus do Sul.

Região conta com 5,6 mil indústrias

Todo esse Valor Adicionado da Indústria da região foi alcançado por um total de 5,6 mil empresas. A cidade mais industrializada é Ponta Grossa, com 1.755 indústrias registradas e ativas, seguida por Campo Largo, com 777; Castro, com 324; Prudentópolis, com 318; Irati, com 291; e Telêmaco Borba, com 248. Em geração de riqueza por indústria, a maior média é de Ortigueira, devido à Klabin, onde 108 indústrias geraram R$ 4,73 bilhões em VA, o que representa R$ 43,8 milhões por empresa. Outras cidades que também têm grandes empresas aparecem na sequência, como Telêmaco Borba, Porto Amazonas e Mallet. Ponta Grossa aparece em quinto, com uma média de R$ 7,5 milhões por indústria.

Ponta Grossa é líder industrial no interior

Por ter o maior parque industrial do interior, Ponta Grossa também tem o maior Valor Adicionado da Indústria do interior do Paraná, com um valor de R$ 13,29 bilhões, valor que corresponde a 5,5% do VA da indústria estadual. “Hoje, nossa Indústria é quarta maior do Estado na geração de Valor Adicionado, ficando somente atrás de Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais. A indústria traz consigo uma grande geração de emprego e renda, além de impostos, como o ICMS e o ISSQN”, relata Grokoviski. Logo depois, o maior valor foi gerado em Ortigueira, com R$ 4,73 bilhões, e Campo Largo, com R$ 3,3 bilhões. Também registraram valores bilionários no VA industrial Telêmaco Borba, com R$ 3,27 bilhões; Castro, com R$ 1,72 bilhão; e Jaguariaíva, com R$ 1,19 bilhão.

Agronegócio movimenta quase R$ 20 bi

Quando o assunto é produção primária, sete municípios dos Campos Gerais alcançaram um Valor Adicionado superior a R$ 1 bilhão. Com a liderança nacional na produção de leite, Castro é o primeiro da região, com R$ 2,8 bilhões gerados em 2023, sendo o segundo mais alto valor do Paraná, atrás apenas de Toledo. Depois, da região, aparecem Tibagi, que é uma das cidades que mais produz soja no Sul do país e é líder nacional no trigo, com R$ 1,56 bilhão; Palmeira, com R$ 1,27 bilhão; Piraí do Sul, com R$ 1,24 bilhão; Ponta Grossa, com R$ 1,1 bilhão; Carambeí, com R$ 1,09 bilhão; e Arapoti, com R$ 1,04 bilhão. Depois delas, outras cidades que se destacam são Prudentópolis (R$ 901 milhões), Ipiranga (R$ 769 milhões) e Teixeira Soares (R$ 728 milhões).

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