Alfabetização cartográfica gera conhecimento no Integração
Turma do Colégio de Ponta Grossa pôde entender questões geográficas, como tipos de visão, planta baixa – confeccionando maquetes da própria sala de aula
Publicado: 31/05/2022, 18:35
Turma do Colégio de Ponta Grossa pôde entender questões geográficas, como tipos de visão, planta baixa – confeccionando maquetes da própria sala de aula
Um projeto de alfabetização cartográfica no 2º ano do Colégio Integração em Ponta Grossa, sob coordenação da professora Adriane Alves e orientação da coordenadora Amanda Weridyana Uller, contou com uma diversidade de estudos, informações e práticas junto aos educandos.
Inicialmente, o relato das educadoras traz a questão dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia: no final do primeiro ciclo do Ensino Fundamental o aluno precisa ser capaz de ler, interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples. Dessa forma, nas séries inicias, anteriormente ao trabalho com mapa, deve-se distinguir junto aos educandos o local em que estão inseridos, localizando os objetos e tendo noção de espaço. Dessa forma, as atividades precisam proporcionar essa habilidade.
“No primeiro ciclo do Ensino Fundamental, os alunos estão no processo de alfabetização. Então, é de suma importância a introdução da alfabetização cartográfica logo nos primeiros anos de sua vida escolar. Trabalhando a interdisciplinaridade com outras disciplinas, despertando no aluno a construção dos conceitos cartográficos”, pontuam as docentes.
Dessa forma, nas aulas de Geografia, houve o estudo dos tipos de visões sobre um mesmo objeto: frontal, oblíqua e vertical. “Para que os alunos entendessem os tipos de visões, foi realizada uma atividade onde os alunos observaram um objeto escolhido por cada um e descrevessem o que estavam vendo em cada uma das visões. Para melhor compreensão, fizeram uma ilustração na apostila de Geografia do objeto observado”, explica o relato.
Assim, a turma compreendeu as diferentes visões de um objeto sob perspectivas de ângulos diferentes – redundando em uma representação de planta baixa da própria sala de aula. Adriane explorou, assim, os objetos componentes deste espaço, o que levou as crianças a imaginarem a visão vertical da sala.
“Nessa atividade, os alunos estavam um pouco inseguros para representar os objetos da sala. Foi um momento bem importante da atividade, pois os educandos deveriam observar a sala e fazer um desenho do que estavam observando na visão vertical, ou seja, imaginando como veriam os objetos da sala de aula se observada de cima para baixo”, complementa a descrição de Adriane e Amanda.
Maquetes
Assim, foi proposta a confecção de maquetes da sala de aula, que tornou-se mais fácil para os alunos que já haviam representado a planta baixa do mesmo espaço em atividade anterior. Foi apresentada a maquete para aqueles que não a conheciam e, partindo dos conhecimentos prévios da turma, a docente explorou e mostrou os elementos desta ferramenta – como, por exemplo, ela ser algo reduzido de um espaço ou lugar.
“Para a realização da maquete foi bem importante a participação dos pais. Pois, essa atividade deveria ser realizada em casa, como forma de trabalho avaliativo. Além, dos alunos desenvolverem o que aprenderam sobre os tipos de visões cartográficas, em casa. Aproveitaram também esse momento para estar mais perto da família dividindo experiências e tendo um tempo maior com os pais/responsáveis”, conclui o relato das educadoras.
Professora comenta
Adriane faz algumas pontuações sobre o trabalho. “Trabalhar a Alfabetização Cartográfica com as crianças é muito importante, pois aborda vários aspectos de percepção nas crianças, levando-as a olhar de maneira diferente o espaço onde estamos inseridos. A realização da maquete da sala de aula é uma atividade bem interessante e satisfatória de se trabalhar, pois os alunos colocam em prática tudo aquilo que aprenderam durante as aulas”, elenca a professora.
Outro ponto colocado pela docente é essa atividade desperta curiosidade e observação do local em que estão inseridos junto aos alunos. E, para finalizar, durante a realização da planta baixa da sala de aula, Adriane superou dificuldades apresentadas por algumas crianças explorando a importância de um olhar diferenciado das coisas, fugindo do que está em nossa frente, “levando-os a observar que podemos ter várias visões diferentes dos objetos que estão ao nosso redor”. “Com o resultado dessa atividade, pode-se obter resultados positivos, pois foi uma atividade prazerosa de ser realizada e contribuiu para despertar nos alunos noções e habilidades cartográficas”, conclui a professora.