Investimentos da UEPG vão gerar empregos e movimentar economia

A construção da nova torre do Hospital Universitário Regional (HU-UEPG), com conclusão prevista para 2026, deve movimentar e beneficiar a economia de Ponta Grossa. A afirmação foi feita por Miguel Sanches Neto, reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, em entrevista concedida ao Portal aRede na última quinta-feira (11).

Com a atual estrutura, o HU-UEPG faz um investimento médio de R$ 20 milhões por mês na economia local, de acordo com Miguel. O valor diz respeito à aquisição de insumos, pagamentos de salários, licitações, compra de equipamentos, contratação de profissionais da saúde, entre outros. 

A partir da construção do novo prédio de seis pavimentos, que deverá ter mais de 15 mil metros quadrados, o reitor da UEPG projeta um aumento nos investimentos feitos pelo hospital no município, de forma direta e indireta.

“Se nós estamos dobrando a estrutura, logicamente que também haverá uma elevação nos valores investidos”, destaca Miguel. “Estamos nos transformando em um polo de assistência no interior do Paraná. Isso traz uma melhoria econômica direta. Os investimentos em recursos da saúde que estavam em outros municípios, agora vão estar fixados em Ponta Grossa”, completa.  

Em relação ao impacto indireto, o reitor da UEPG menciona que a ampliação no atendimento médico do Hospital Universitário Regional ainda pode atrair novos moradores para Ponta Grossa. O possível aumento populacional deve movimentar toda uma cadeia de consumo e multiplicar os recursos dentro do município, segundo o reitor. “Essa novidade atrai gente para morar aqui, para adquirir imóveis, para ter uma estrutura dentro da cidade, para consumir e permanecer mais tempo no município”. 

BENEFÍCIOS - Apesar de estar situado em Ponta Grossa, o HU-UEPG atende pacientes de três Regionais de Saúde - ao todo, são 28 municípios dos Campos Gerais do Paraná contemplados pela rede de assistência médica. A direção do hospital projeta que a construção do novo prédio torne mais ágil a prestação de serviços. Uma das previsões diz respeito à capacidade de cirurgias, que deve ser triplicada.

Outro benefício está associado aos estudantes dos cursos da área de saúde, que desenvolvem práticas de ensino, residências médicas, projetos de extensão, estágios e pesquisas científicas no HU-UEPG. De acordo com Sanches Neto, o novo prédio deve oferecer uma complexidade ainda maior nos atendimentos. “Isso vai permitir que nossos alunos tenham uma formação em situações mais delicadas”.

Ainda segundo o reitor, a expansão da estrutura deve mobilizar a contratação de novos médicos, de diferentes áreas. Para Miguel, a chegada de profissionais com formação específica e atualizada também irá beneficiar a formação dos estudantes de graduação e de residentes do hospital. 

“Todos os projetos feitos dentro da universidade possuem duas características: no caso do hospital, a primeira é salvar vidas. Também há um segundo produto, que é oferecer uma formação de qualidade aos nossos profissionais da saúde”, destaca.

ESTRUTURA - Com investimento de cerca de R$ 108 milhões, a construção da nova torre do HU-UEP foi anunciada no dia 5 de julho. Os recursos foram obtidos por meio de articulação do deputado federal Aliel Machado (PV) junto ao Ministério da Saúde. Ainda haverá uma contrapartida do Governo do Paraná. A estrutura contará com seis pavimentos, incluindo Pronto Atendimento, Centro Cirúrgico, setor com leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), acompanhamento para gestantes, UTI neonatal, Farmácia Geral, Laboratório de Análises Clínicas, cobertura com heliponto, entre outros pontos.