Mulher é presa em PG acusada de participar na morte de advogada
Durante a Operação Pax, Gaeco executa a prisão de última suspeita pela morte de advogada ocorrida em Ponta Grossa em março do ano passado
Publicado: 25/04/2023, 17:30
Uma mulher suspeita de envolvimento na morte da advogada Eloisa Maria Guimarães, 37, foi presa nesta terça-feira (25). A prisão foi efetuada por uma equipe do núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. O crime ocorreu em março do ano passado e teria sido realizado a mando do líder de uma facção criminosa responsável por diversos homicídios em Ponta Grossa. Atualmente ele está preso no Rio de Janeiro.
A advogada foi morta em 22 de março de 2022, no carro em que saía de casa, no bairro Contorno, com uma assessora. Os criminosos abordaram o veículo em outro automóvel e fizeram diversos disparos – a advogada morreu no local, e a assessora ficou ferida, mas sobreviveu. O crime foi investigado pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil do Paraná, que já havia prendido preventivamente, em março, outro acusado de participação no caso – a mulher detida pelo Gaeco era a última suspeita ainda em liberdade.
Um adolescente que estaria na direção do veículo dos criminosos já havia sido apreendido por outros atos infracionais (inclusive homicídios), e o possível atirador e mais um suspeito já morreram (um em suposto caso de “queima de arquivo”, outro em confronto com policiais).
A arma do crime foi apreendida meses depois do homicídio, em uma outra situação de flagrante envolvendo um dos integrantes da facção. Por meio de perícia, foi constatado que a arma apreendida foi a mesma utilizada na execução da advogada.
Operação Pax
A prisão faz parte da Operação Pax, deflagrada em junho do ano passado pelo Gaeco e pela Polícia Civil, que teve como alvo integrantes da organização criminosa responsável por tráfico de drogas e diversos homicídios na região. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ponta Grossa e São Paulo (SP).
Investigações
As investigações, iniciadas em março de 2022 pelo Gaeco e corroboradas por inquéritos da Polícia Civil, indicam que vários homicídios e tentativas de assassinatos ocorridos em Ponta Grossa em 2021 e 2022 estão relacionados a um conflito entre facções criminosas que disputam o mercado de drogas na região. Para a execução dos crimes, os criminosos utilizaram armas de calibres restritos, como fuzis e pistolas 9 mm.
Dentre os homicídios suspeitos de serem determinados e executados pela facção, está o de uma advogada assassinada em março deste ano. A disputa territorial teria sido responsável pelo aumento expressivo dos crimes dolosos contra a vida na região de Ponta Grossa em 2021 e 2022.