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Mulher é presa em PG acusada de participar na morte de advogada

Durante a Operação Pax, Gaeco executa a prisão de última suspeita pela morte de advogada ocorrida em Ponta Grossa em março do ano passado

Eloisa Maria Guimarães, 37, foi morta em março do ano passado, em Ponta Grossa
Eloisa Maria Guimarães, 37, foi morta em março do ano passado, em Ponta Grossa -

Da Redação

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Uma mulher suspeita de envolvimento na morte da advogada Eloisa Maria Guimarães, 37, foi presa nesta terça-feira (25). A prisão foi efetuada por uma equipe do núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. O crime ocorreu em março do ano passado e teria sido realizado a mando do líder de uma facção criminosa responsável por diversos homicídios em Ponta Grossa. Atualmente ele está preso no Rio de Janeiro.

A advogada foi morta em 22 de março de 2022, no carro em que saía de casa, no bairro Contorno, com uma assessora. Os criminosos abordaram o veículo em outro automóvel e fizeram diversos disparos – a advogada morreu no local, e a assessora ficou ferida, mas sobreviveu. O crime foi investigado pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil do Paraná, que já havia prendido preventivamente, em março, outro acusado de participação no caso – a mulher detida pelo Gaeco era a última suspeita ainda em liberdade.

Um adolescente que estaria na direção do veículo dos criminosos já havia sido apreendido por outros atos infracionais (inclusive homicídios), e o possível atirador e mais um suspeito já morreram (um em suposto caso de “queima de arquivo”, outro em confronto com policiais).

A arma do crime foi apreendida meses depois do homicídio, em uma outra situação de flagrante envolvendo um dos integrantes da facção. Por meio de perícia, foi constatado que a arma apreendida foi a mesma utilizada na execução da advogada.

Eloisa Maria Guimarães, 37, foi morta em março do ano passado, no Bairro Contorno
Eloisa Maria Guimarães, 37, foi morta em março do ano passado, no Bairro Contorno |  Foto: Arquivo JM
  

Operação Pax

A prisão faz parte da Operação Pax, deflagrada em junho do ano passado pelo Gaeco e pela Polícia Civil, que teve como alvo integrantes da organização criminosa responsável por tráfico de drogas e diversos homicídios na região. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ponta Grossa e São Paulo (SP).

Investigações 

As investigações, iniciadas em março de 2022 pelo Gaeco e corroboradas por inquéritos da Polícia Civil, indicam que vários homicídios e tentativas de assassinatos ocorridos em Ponta Grossa em 2021 e 2022 estão relacionados a um conflito entre facções criminosas que disputam o mercado de drogas na região. Para a execução dos crimes, os criminosos utilizaram armas de calibres restritos, como fuzis e pistolas 9 mm.

Dentre os homicídios suspeitos de serem determinados e executados pela facção, está o de uma advogada assassinada em março deste ano. A disputa territorial teria sido responsável pelo aumento expressivo dos crimes dolosos contra a vida na região de Ponta Grossa em 2021 e 2022.

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