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Investimentos garantirão maior capacidade logística a PG

Município conta com histórico destaque logístico, mas inúmeras obras, que estão em execução ou serão realizadas nos próximos anos, contribuirão para uma melhor qualificação da cidade em diferentes modais, especialmente no rodoviário

BR-376, uma das principais rodovias de Ponta Grossa
BR-376, uma das principais rodovias de Ponta Grossa -

Fernando Rogala

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Mais do que um polo do setor de transportes, com infraestrutura privilegiada, Ponta Grossa é, acima de tudo, um polo logístico. Além de ser cortada por diversas ferrovias e muitas linhas de trilhos de trem, a cidade conta com centros de armazenamento e inúmeras empresas especializadas em logística. Pelo fato de ser o maior parque industrial do interior do Paraná, com muitas empresas exportadoras, Ponta Grossa tem esse setor bastante pujante. E embora o polo esteja consolidado, inúmeras obras e outros investimentos estão previstos para a cidade, de modo que sua infraestrutura seja aprimorada para tornar a cidade ainda mais competitiva no âmbito da logística.

O especialista em logística, Balduir Carletto, que é mestre em Engenharia de Produção e atua como professor formador do NUTEAD (UEPG), além de ser coordenador de cursos de logística junto ao SEST/SENAT, destaca que é importante entender a logística não apenas relacionada com o transporte ou a um simples modal. “Ele é um tema muito mais amplo, muito mais complexo; é um segmento gigante. A logística, então, é todo o processo de planejamento, organização, direção, controle de fluxo de matéria-prima, de produto acabado, de dinheiro, de informação, do ponto de origem até o ponto final”, resume.  

Imagem ilustrativa da imagem Investimentos garantirão maior capacidade logística a PG
 

O fato de Ponta Grossa ser um polo logístico é um fator fundamental para um município, se destacando como um grande diferencial na atração de investimentos nas mais diversas áreas, como explica João Arthur Mohr, Gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). “A logística é um dos pontos mais importantes para atração de investimentos e para a manutenção dos atuais processos produtivos. Então quem já está instalado, precisa de uma logística eficiente para reduzir custos, e quem quer se instalar, uma das principais perguntas é a questão da logística. E Ponta Grossa é um grande centro logístico”, destaca.

Sandro Alex, secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, detalhou a relevância dessa área na cidade com as concessões rodoviárias paranaense. “Para vocês verem a importância de Ponta Grossa, além de ela estar em três lotes, dos seis lotes do Paraná, Ponta Grossa terá a maior obra de toda a concessão. É um contorno de mais de 40 quilômetros, interligando rodovias federais, tirando o trânsito pesado de Ponta Grossa a sentido do Porto, e que vai projetar a cidade para os próximos anos, porque aí você vai ter um planejamento ordenado”, pondera.

Além da boa infraestrutura, com rodovias duplicadas em direção ao porto e que também será duplicada até São Paulo, ter gasoduto, outros fatores são fundamentais para que esse polo logístico possa continuar se desenvolvendo. “Também vejo os inventivos fiscais e a grande desburocratização de processos pelo governo Municipal e Estadual. Temos muita qualidade de mão de obra, com profissionais formados pela UEPG, UTFPR e várias instituições particulares, e um item que gostaria de destacar é o SEST/Senat, que é um órgão representativo da categoria de transportes, que tem 170 unidades em todo o território nacional, e uma dessas unidades está aqui em Ponta Grossa”, acrescenta Carletto. 

Carambeí, 31 de agosto de 2023 - PR 151, entre Ponta Grossa e Sengés, no trecho em Carambeí.
Carambeí, 31 de agosto de 2023 - PR 151, entre Ponta Grossa e Sengés, no trecho em Carambeí. |  Foto: Divulgação.
 

No modal rodoviário, Sandro Alex destaca outros investimentos que irão transformar a capacidade logística da cidade no futuro. “A rodovia entre Ponta Grossa e Curitiba vai sofrer ampliação de capacidade. A partir de São Luís do Purunã, nós passamos a ter três pistas; em Curitiba, quatro pistas. E tudo isso foi planejado com grandes investimentos”, disse ele, reforçando ainda que o trecho entre Ponta Grossa e São Luís do Purunã poderá ser triplicado, caso houver o aumento no fluxo, conforme aponta do ‘gatilho volumétrico’ da concessão. “Se tivermos a necessidade (...) de ter três pistas, isto é inserido automaticamente, porque há um volume maior e uma arrecadação maior. E sempre que há uma arrecadação maior, tem que ter um equilíbrio para o usuário ou uma obra nova. Então, isto vai acontecer”, acrescenta.

E os investimentos não param por aqui. “Nós estamos construindo a duplicação da PR-151, sentido Palmeira, com seis viadutos no perímetro urbano, e a duplicação com concreto até Palmeira, com investimento de R$ 500 milhões. Estamos trabalhando no projeto da duplicação da PR-151, sentido Frísia, e da saída de Ponta Grossa para Prudentópolis, que é a PR-373, que vai ter duplicação já a partir do próximo ano”, disse ele, reforçando ainda investimentos em estradas rurais, incluindo recursos já assegurados para pavimentação das estradas para o Buraco do Padre e Alagado, dependendo apenas da conclusão do projeto. 

No modal ferroviário, Sandro reforçou que há discussão da Malha Sul, cuja concessão encerra no primeiro semestre de 2027. “Mas estamos negociando antecipação disso. Nós criamos um grupo de trabalho; os três governadores e os três secretários estão à frente da negociação, junto com o Governo Federal, para que possamos avançar e ter a garantia dos investimentos”, disse.

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Quanto ao modal aeroportuário, Mohr ressalta que essa é a maior carência de investimentos, pelo fato de o aeroporto ter apenas capacidade de receber aviões turboélice e ter ficado sem voos comerciais. Entretanto isso pode mudar: o aeroporto terá novo terminal de passageiros, um pátio maior de aeronaves e uma taxiway, e Sandro destacou o trabalho que há para possibilitar o aumento da pista, para poder receber aeronaves turbofan. “Podemos avançar na pista. Eu tenho trabalhado com os técnicos nossos de que é possível ampliar a operação, então é isso que eu estou focado nesse momento, nesse objetivo até o final do governo Ratinho”, diz ele, afirmando haver possibilidade de ampliar para ambos os lados.

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