Crônica dos Campos Gerais: As óticas de Ponta Grossa
Texto de autoria de Alessandro de Melo, professor universitário, natural de São Paulo/SP, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais
Publicado: 28/12/2022, 09:00

O nobre e raro leitor desta crônica há de concordar comigo. E peço paciência, porque, claro, vou puxar a sardinha para o meu lado. Basta andar pelas ruas do centro de nossa querida Princesa para ver como aumentou o número de ...óticas... Sim, é sobre isso que este modesto cronista quer falar, pois é um assíduo usuário de óculos desde os 11 anos, e isso faz muito tempo. Então, claro, eu vejo óticas por todos os lados, por onde ando nesta nossa cidade.
Já perceberam quantas existem na Vicente Machado entre a Panificadora Vila Velha e o Parque Ambiental? E nos seus arredores? Não leitor, não contei, não me peçam isso. Mas é evidente que se trata de uma verdadeira “pandemia” de óticas. E olhe que tem de tudo. Há aquelas muito modernas e tecnológicas, algumas antigas e quase artesanais. Tem aquelas que terceirizam serviços e outras que têm seus próprios técnicos.
Mas não é só na Vicente Machado que elas pululam. Já observaram a região próximo à nobre e histórica Santa Casa?
E quem foi no Shopping Palladium não pode passar ileso por elas, quase uma dezena em tão pouco espaço. Inclusive ali comprei meu primeiro par de óculos multifocal, e meu rosto foi medido por um robô. Sim, tem até isso. Já usaram comigo régua e outros instrumentos manuais, mas desta vez fiz uma imersão na tecnologia. O robô até dizia onde eu deveria ficar postado, atrás da linha feita no chão com luzes de led. E estou eu aqui com minha nova companhia, tentando me acostumar com esta lente que varia se quero enxergar de perto ou de longe. Sorte a minha que já tenho décadas de experiência.
Há também os laboratórios, que trabalham para as óticas, e estas inclusive as vi fora do centro. No Nova Rússia existe uma. E por falar no meu bairro, a Avenida Dom Pedro também tem muita ótica, e já até fiz uso de uma para consertar um dos meus óculos, e foi impressionante: o atendimento cordial e o serviço gratuito. Aliás, parece haver um acordo: quem quer consertar óculos pode vir que é de graça. Nem tudo no mundo é dinheiro.
Não sei exatamente o que significa, mas acho que podemos chamar Ponta Grossa da capital mundial ou intergaláctica das óticas. Cuidado caro e raro leitor desta crônica, perigoso tropeçar na rua e cair em uma ótica. O bom, neste caso, é que ao sair da loja, poderá não tropeçar novamente por estar com óculos novos.
Texto de autoria de Alessandro de Melo, professor universitário, natural de São Paulo/SP, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais (https://cronicascamposgerais.blogspot.com/).