Deputado ironiza Cláudio Castro: 'Quero ver fazer a mesma coisa na Rocinha' | aRede
PUBLICIDADE

Deputado ironiza Cláudio Castro: 'Quero ver fazer a mesma coisa na Rocinha'

Em discurso na Câmara, Otoni de Paula (MDB-RJ) critica que ações policiais se concentram em favelas, enquanto áreas nobres seguem intocadas

Deputado federal Otoni de Paula
Deputado federal Otoni de Paula -

Publicado Por Milena Batista

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) voltou a criticar a operação do governo do Rio de Janeiro que resultou em 121 mortos, entre eles quatro policiais, durante ações no Complexo da Penha e do Alemão, na zona Norte da capital.

Em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4), o parlamentar ironizou o saldo político da ação para o governador Cláudio Castro (PL) e afirmou que o número de mortes não representou qualquer avanço no combate ao crime organizado. Veja no vídeo:

VÍDEO
| Autor: Divulgação
  

“Olha, eu começo esse pronunciamento aplaudindo o governador do estado do Rio de Janeiro. O Ibope dele subiu. Tinha pouca gente que sabia quem era o governador, agora sabe”, disse Otoni, em tom de ironia.

“O carioca e o fluminense já não aguentam mais o crime organizado e entendem que, se matar o criminoso, está resolvido o problema. Só que, na verdade, não está resolvido o problema.”

O parlamentar questionou os resultados da operação e as mortes de policiais, afirmando que as comunidades seguem sob o controle de facções.

“Quatro policiais morreram. E em nome de que eles morreram? A boca de fumo ainda está no mesmo lugar e a pressão que a população dos complexos da Penha e da Maré vive, imposta pelos criminosos, continua lá. Mas, para o governo do Rio, morrer policial é efeito colateral. Vai dizer que é efeito colateral para os filhos, para os parentes?”, disse.

Otoni provocou o governador ao citar a Rocinha, na zona sul do Rio, e bairros de elite vizinhos, afirmando que o traficante que seria alvo da operação não estava no local e que essa informação seria de conhecimento do próprio governador.

“Governador, o senhor fez toda essa operação para pegar o Doca. E não pegou o Doca. Agora estão dizendo que ele está na Rocinha. Vamos fazer a mesma operação lá? Mas agora é para matar 200, para matar geral”, alfinetou.

“Ah, caveira, mas na Rocinha, não. E por que não? Porque São Conrado é ali do lado, vá que uma bala de fuzil entre na casa do governador, vá que chegue no Leblon. Já pensou uma bala entrando pela janela da PUC? Aí não pode. Agora, quando é no Alemão ou na Penha, aí dá, porque é bairro de pobre”, completou.

Informações: ICL Notícias

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right