Navio chega à Guiana e Maduro responde com ação militar

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou a realização de um exercício militar no litoral de Sucre, no Mar do Caribe, nesta quinta-feira (28). As manobras envolveram tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica, aumentando as tensões com a Guiana.

Segundo o jornal argentino La Nación, Maduro descreveu os exercícios como uma ação conjunta de caráter defensivo, em resposta à provocação e ameaça do Reino Unido à paz e soberania da Venezuela. A tensão entre os países se intensificou após o anúncio do envio do navio de guerra HMS Trent pelo Reino Unido para a costa da Guiana.

Essa foi a primeira ação concreta do Reino Unido na disputa territorial envolvendo Essequibo, após a visita de um representante da chancelaria britânica à Guiana no início de dezembro. A Guiana é uma ex-colônia britânica e faz parte da Commonwealth. Os laços históricos entre os dois países tornam a situação mais delicada. Até o momento, o governo guianense não confirmou a chegada do navio de guerra à sua costa, e está previsto que ele realize exercícios em alto-mar.

Maduro não descartou adotar medidas para rechaçar a presença do navio britânico. Autoridades venezuelanas justificaram as manobras militares como uma resposta à ameaça representada pela presença do HMS Trent na zona marítima que faz fronteira com a Guiana.

A Venezuela reivindica o território de Essequibo como parte de seu país, incluindo o mar territorial associado a ele. A região do Mar do Caribe guianense possui reservas significativas de petróleo, atualmente exploradas pela empresa ExxonMobil, dos Estados Unidos, e cobiçadas por Maduro.

Os exercícios militares realizados hoje são apenas a primeira fase de uma operação maior, chamada "Domingo Antonio Sifontes 2023". A Venezuela está disposta a tomar todas as medidas necessárias, na estrutura de sua constituição e do Direito Internacional, para defender a integridade territorial e marítima do país.

Com informações de MoneyTime.