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CPI pedirá indiciamento de Bolsonaro, Onyx e Queiroga

Bolsonaro deve ser responsabilizado por 11 crimes. Em coletiva na semana passada, relator da comissão já havia prometido propor indiciamento do presidente e de mais de 40 pessoas.

Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido).
Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). -

Rodolpho Bowens

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Bolsonaro deve ser responsabilizado por 11 crimes. Em coletiva na semana passada, relator da comissão já havia prometido propor indiciamento do presidente e de mais de 40 pessoas

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 confirmou o que havia prometido em entrevista coletiva concedida na semana passada e vai propor o indiciamento do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido) no texto final de seu relatório. Além dele, dois ministros titulares do governo serão responsabilizados no texto: Marcelo Queiroga (Saúde) e Onyx Lorenzoni (Trabalho).

No relatório, Bolsonaro será responsabilizado por 11 crimes. No rol de possíveis infrações cometidas, segundo o senador Renan Calheiros (MDB), estão crimes como homicídio comissivo por omissão, crime de epidemia, infração de medida sanitária, charlatanismo, crimes de responsabilidade e genocídio — este, especificamente, na questão indígena.

O ministro Marcelo Queiroga, que começou com respaldo dos senadores, acabou “se convertendo ao negacionismo de Bolsonaro”. Comentários como esse foram reproduzidos por diversas vezes durante a 'Comissão'. Especialmente durante a viagem para Nova York — onde o chefe da pasta de Saúde contraiu covid em participação da comitiva brasileira à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) —, o ministro mostrou dedo médio para manifestantes contrários ao governo e enquanto se recuperava fez postagens com conteúdo negacionista.

Queiroga também falou contrariamente ao passaporte de vacina e ao uso obrigatório de máscaras. Diante desses elementos, a CPI deve propor responsabilização pelo crime de epidemia. Outro ponto foi a suspensão da vacinação de adolescentes e a defesa do 'tratamento precoce' em participação de evento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Também devem ser incluídos na investigação os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), pelo crime de infração de norma sanitária. Eduardo, o filho 03 de Jair, também deve ser apontado como um dos negociadores ligados a empresários que teriam financiado notícias falsas sobre o kit-covid e sobre a própria pandemia do coronavírus, como o empresário Luciano Hang.

Com informações: Correio Braziliense.

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