Caso Ísis: defesa questiona indiciamento de Marcos Vagner
Suspeito foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver, entre outros
Publicado: 09/08/2024, 15:28
A defesa de Marcos Vagner de Souza, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Ísis Victoria Mizerski, afirma que não há provas que justifiquem o indiciamento de seu cliente pela Polícia Civil do Estado do Paraná (PC/PR). Marcos foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e feminicídio, aborto sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver nesta sexta-feira (9) – mais detalhes aqui.
Em conversa com o Portal aRede, o advogado Renato Tauille explica que “as provas técnicas foram todas inconclusivas”. Durante as diligências, a PC/PR realizou 36 oitivas, além de analisar câmeras de segurança e conversas que indicam que Marcos Vagner não aceitou a gravidez e buscou opções para que a menina fizesse um aborto – é o que afirma o delegado responsável pelo relatório final, Matheus Campos.
Apesar do indiciamento do suspeito, as investigações da Polícia Civil continuam, já que o corpo da jovem de 17 anos, desaparecida em 6 de junho de 2024, ainda não foi localizado. “A equipe mantém o compromisso com a Justiça e busca fornecer respostas definitivas à família”, complementa a instituição de segurança, em comunicado enviado à imprensa no início da tarde desta sexta-feira (9).
OUTRO LADO – Segundo o advogado Renato Tauille, “a defesa agora analisará os novos documentos anexados aos autos de inquérito policial, que foi concluído, para decidir as medidas judiciais que tomará na sequência”. Além disso, a defesa “refuta integralmente o indiciamento realizado pela Polícia Civil, uma vez que inexistem indícios que apontem que Marcos Vagner tenha praticado algum crime contra a Ísis”.
Por fim, Renato ressalta ao Portal aRede que “as provas técnicas foram todas inconclusivas e não demonstram qualquer envolvimento do indiciado com o desaparecimento da adolescente”, finaliza. Embora o corpo de Ísis não tenha sido encontrado, as investigações indicam que Marcos Vagner de Souza é suspeito de cometer o homicídio e a ocultação de cadáver.