Arrecadação regional tem recorde em 2023 ao se aproximar de R$ 4 bi

A delegacia regional da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, que abrange 64 municípios, alcançou novo recorde de arrecadação no mês de maio. No total, foram recolhidos R$ 943,4 milhões em tributos fazendários e previdenciários junto aos municípios, valor que é 32,8% superior, em ternos nominais, na comparação com os R$ 710,2 milhões alcançados em maio de 2022. Esse aumento mensal, de R$ 233,2 milhões, contribuiu para elevar o total arrecadado no acumulado do ano para R$ 3,97 bilhões em cinco meses, valor também 32% superior (nominais) aos R$ 3,00 bilhões do período em 2022.

A principal justificativa para esse crescimento é uma alteração nas regras do recolhimento de tributos, explica o delegado da Receita Federal do Brasil em Ponta Grossa, Demetrius Soares. “Mudou o critério do cômputo da arrecadação neste ano. Antes, os tributos incidentes sobre importação eram computados para a unidade de desembaraço aduaneiro. E a partir deste ano, o critério passou a ser o domicílio da empresa. Então as empresas da região que fizeram a arrecadação de tributos sobre a importação, neste ano, o valor passa a contar para a delegacia de Ponta Grossa”, explica. O fato é que a arrecadação da Cofins cresceu 88,6%, ao passar de R$ 314,5 milhões para R$ 593,4 milhões; o PIS aumentou 72% ao passar de R$ 89,2 milhões para R$ 153,5 milhões; e o IPI total aumentou de R$ 183,2 milhões para R$ 211,9 milhões.

Esse crescimento fez com que a delegacia de Ponta Grossa fosse a segunda que mais crescesse entre as cinco delegacias regionais do Paraná, atrás apenas da delegacia da capital, Curitiba, tanto em maio quanto no acumulado do ano. “A nona região fiscal, que abrange o Paraná e Santa Catarina, teve uma participação de 10,2% na arrecadação nacional para o mês; e para o ano, o acumulado está em 9,7%”, explicou Soares. A nona região fiscal tem a terceira maior arrecadação do país entre as 10 existentes, ficando atrás apenas da região de São Paulo (44,2% no mês e 45,7% no ano) e da sétima região, que abrange Rio de Janeiro e Espírito Santo (15,3% no mês e 15,7% no ano).

NACIONAL

A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde em abril e maio e alcançou R$ 962,49 bilhões no acumulado do ano. O resultado representa uma alta real de 1,02%, ou seja, descontada a inflação. É o melhor desempenho arrecadatório para o período acumulado, de janeiro a maio, da série histórica.