Arte, saúde e inclusão: a força da ADFPG ao longo dos anos
Instituição transforma vidas com atendimentos multidisciplinares e atividades de inclusão
Publicado: 30/09/2025, 17:00

A Associação dos Deficientes Físicos de Ponta Grossa (ADFPG) é muito mais do que um espaço de acolhimento, é um local de transformação de vidas. Com quase quatro décadas de atuação, a entidade atende atualmente cerca de 120 pessoas com deficiência e idosos com mobilidade reduzida, oferecendo serviços de fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, informática, costura, pintura e escolarização pelo EJA (Ensino Fundamental e Médio).
Segundo a presidente da instituição, Maria Liliane Vieira de Souza, conhecida como Lili, que chegou à ADFPG aos 18 anos e hoje, prestes a completar 56, lidera a associação, o espaço representa vida e amor. “Cresci com a instituição. Aqui aprendi que minha deficiência era muito menor do que eu imaginava e que juntos podemos ir muito além. A associação me mostrou ser possível vencer as dificuldades e transformar realidades”, relata.
O fisioterapeuta Leandro Gonçalves destacou o trabalho de reabilitação desenvolvido na entidade. “Atendemos casos neurológicos, sequelas de AVC, lesões medulares e distrofias. Nosso objetivo é manter e ampliar as funções motoras, proporcionando qualidade de vida. Muitos pacientes chegam sem esperança e, com o tempo, voltam a realizar atividades, a dirigir, a viver de forma mais independente.”
Além da saúde, a ADFPG também promove a arte e o lazer. No Setembro em Dança, por exemplo, o grupo foi aplaudido em uma apresentação emocionante. Rodrigo Vieira, participante da atividade, lembrou com orgulho. “Foi uma emoção indescritível. A dança mexe com a nossa autoestima e mostra que podemos nos expressar de várias formas.”
Já a psicóloga Bárbara Evers ressaltou o papel afetivo da instituição. “A ADFPG é como uma segunda casa para muitos. Aqui eles encontram acolhimento, apoio emocional e um espaço para desenvolver autonomia.”
A história de vida de Ana Maria Ferreira Soares, participante há 28 anos, também evidencia o impacto da associação. “Aqui encontrei minha segunda família. Foi onde conquistei meu primeiro emprego, me aposentei e sigo aprendendo todos os dias. A associação me ensinou a viver fora da redoma de vidro da minha casa e a lutar com coragem.”
Para manter suas atividades, a entidade conta com recursos públicos e diversas ações de arrecadação, como bazares, rifas e eventos beneficentes, entre eles, o Chá da Primavera, marcado para o dia 11 de outubro. A instituição faz o convite para os nossos seguidores e interessados, participar.
Mais do que serviços, a ADFPG oferece oportunidade, dignidade e pertencimento. Como define a presidente Lili. “Aqui ninguém é diferente. Todos têm espaço para crescer, aprender e compartilhar vida”, finaliza.