Polícia Penal promove reintegração social por meio de sacramentos religiosos em PG
A iniciativa consolidou uma jornada de formação iniciada em 7 de abril, culminando com a solenidade deste dia 17 de dezembro
Publicado: 22/12/2025, 16:23

A Penitenciária Estadual de Ponta Grossa II (PEPG II) coordenou na manhã da última quarta-feira (17) uma iniciativa de reintegração social através da religião. Após oito meses de preparação, oito pessoas privadas de liberdade (PPL) celebraram a conclusão do projeto “Caminho de Fé – Do cárcere à esperança”, recebendo os sacramentos do Batismo, Eucaristia (primeira comunhão) e Crisma, durante uma missa realizada na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, localizada no bairro Santa Maria, em Ponta Grossa, para onde as PPL foram levadas mediante autorização judicial e sob escolta de policiais penais.
A celebração reuniu apenas as PPL que manifestaram interesse em participar do projeto religioso, além de servidores da PPPR, comunidade e membros da Pastoral Carcerária, em um momento de fortalecimento dos valores humanos e cristãos.
A iniciativa consolidou uma jornada de formação iniciada em 7 de abril, culminando com a solenidade deste dia 17 de dezembro. Ao longo de oito meses, as PPL participaram de 32 encontros semanais de catequese, dentro da unidade penal. O lema adotado pela turma, “Jesus olha para o coração e não para o passado”, serviu como alicerce para os estudos e para a busca por uma nova perspectiva de vida.
O coordenador regional da PPPR em Ponta Grossa, William Ribas, enfatizou a importância estratégica da iniciativa: “A assistência religiosa, garantida por lei, é um dos pilares da reintegração social. Quando o Estado, através da Polícia Penal, proporciona momentos como este, estamos investindo na mudança real do indivíduo. A fé oferece uma nova perspectiva ética e moral, preparando a PPL para retornar ao convívio social com um olhar transformado sobre suas responsabilidades”, explicou.
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A lei supracitada é a de número 7.210, de 11 de julho de 1984, que garante expressamente o direito à assistência religiosa às pessoas privadas de liberdade. Este direito é garantido pela Polícia Penal do Paraná, respeitando sempre as normas de segurança e organização dos estabelecimentos penais.
Para o diretor da PEPG II, Everton Santos, o sucesso do projeto reflete o compromisso com o tratamento penal e a eficácia das ações de assistência: “Nossa missão é garantir que o período de custódia seja também um período de aprendizado e reconstrução de valores. Ver esta primeira turma recebendo os sacramentos na paróquia local evidencia nosso comprometimento em oferecer ferramentas concretas de mudança. Trabalhamos para que a pessoa privada de liberdade se sinta pertencente à comunidade novamente, o que é essencial para reduzir os índices de reincidência e promover a paz social”, afirmou.
A celebração foi presidida pelo Padre Edivino Sicuro, que em sua homilia destacou que o encerramento da catequese é, na verdade, um ponto de partida. “Este é apenas o início da caminhada na vida em Cristo. A partir daqui, cada um é chamado a viver a fé no dia a dia, com atitudes, escolhas e esperança, mesmo diante das dificuldades”, pontuou.
A catequista Pauline Balabuch, que acompanhou o grupo durante toda a trajetória, expressou a gratidão pelo resultado alcançado. “Foi uma experiência profundamente gratificante. Ver o interesse, o crescimento espiritual e a entrega de cada participante mostra que a fé realmente toca os corações. Participar desse projeto é um privilégio e uma grande alegria”, afirmou.
LEIA UM RESUMO DA NOTÍCIA:
Projeto e formatura religiosa: A Penitenciária Estadual de Ponta Grossa II (PEPG II) concluiu o projeto “Caminho de Fé – Do cárcere à esperança” e levou oito pessoas privadas de liberdade (com autorização judicial e escolta) para uma missa na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, onde receberam Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma.
Oito meses de preparação: A iniciativa começou em 7 de abril e durou oito meses, com 32 encontros semanais de catequese dentro da unidade penal. O lema da turma foi: “Jesus olha para o coração e não para o passado”.
Reintegração e direito garantido por lei: A Polícia Penal do Paraná destacou que a assistência religiosa é garantida pela Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) e pode contribuir para reconstrução de valores, retorno ao convívio social e redução da reincidência, com apoio da Pastoral Carcerária, servidores e comunidade.


























