Motorista alvejado em residência de PG foi morto por engano, concluiu a polícia | aRede
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Motorista alvejado em residência de PG foi morto por engano, concluiu a polícia

Ao longo da manhã desta terça-feira (2), a Polícia Civil do Paraná, através do Setor Operacional da 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) de Ponta Grossa, realiza 13 ordens judiciais que busca desarticular uma associação criminosa responsável pelo homicídio de Everton Henrique dos Santos ocorrido em setembro de 2024

Everton Henrique dos Santos tinha 35 anos e foi assassinado em sua residência em setembro de 2024
Everton Henrique dos Santos tinha 35 anos e foi assassinado em sua residência em setembro de 2024 -

Lucas Ribeiro

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A Polícia Civil do Paraná, através do Setor Operacional da 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) de Ponta Grossa, realiza nesta terça-feira (2) a operação 'Coordenada Falsa', que busca o cumprimento de 13 ordens judiciais, sendo 7 mandados de prisão preventiva e 6 mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa e outras duas cidades de Santa Catarina. A ação busca desmantelar uma associação criminosa responsável pelo homicídio de Everton Henrique dos Santos, de 35 anos, morto em setembro de 2024.

Everton estava dormindo em sua residência, junto de sua família, no dia 01 de setembro de 2024, quando a casa foi invadida por criminosos armados. Everton, que era motorista de ônibus, foi alvejado diversas vezes dentro de sua própria casa pelos criminosos, crime que comoveu a cidade de Ponta Grossa pela brutalidade.

Conforme divulgou o 13ª SDP durante a manhã desta terça-feira (02), a Polícia Civil confirmou que o crime se tratou de um erro de execução do plano criminoso. Os policiais informaram que os criminosos procuravam um rival que residia nas proximidades, assassinando Everton em seu próprio lar, localizado na rua José Roberto Schibelski, no Jardim Royal, Neves, em Ponta Grossa.

Natural de Wenceslau Braz, no norte pioneiro, Everton residia em Ponta Grossa com sua família e trabalhava como motorista de ônibus em uma empresa de transportes com sede na cidade princesina. O pai de família foi sepultado no dia 2 de setembro de 2024 no cemitério do Parque Jardim Paraíso.

AÇÃO DOS CRIMINOSOS - Como destacado pela Polícia Civil do Paraná, a ação buscou também identificar um grupo criminoso envolvido em outros crimes. Este grupo contava com atuações de advogados, que utilizavam o sistema do Tribunal de Justiça para obter dados sigilosos sobre pessoas monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.

"Os advogados utilizavam do sistema o Tribunal de Justiça para a realização de consultas, ter endereços de pessoas que eram monitoradas por tornozeleiras eletrônicas e repassavam esses endereços para criminosos, ciente de que essas pessoas seriam assassinadas", como informou o delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pelo Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial em Ponta Grossa.

ERRO E MORTE DE EVERTON - Como destacado pela Polícia Civil, os criminosos buscavam um alvo que residia próximo da casa de Everton Henrique. O advogado envolvido no crime, no entanto, ao repassar informações sigilosas sobre o paradeiro do alvo principal, acabou erroneamente passando o número da residência de Everton, resultando no assassinato do pai de família.

Na imagem abaixo, como salientou a polícia, trata-se de um talão de água indicando o número da residência do alvo primário dos criminosos, sendo este o número 12. O advogado, no entanto, repassou o número 25, numeração da residência de Everton.

Conta de água enviada pelo advogado a um dos executores, ao consultar a tornozeleira eletrônica do alvo primário
Conta de água enviada pelo advogado a um dos executores, ao consultar a tornozeleira eletrônica do alvo primário |  Foto: Divulgação/Polícia Civil do Paraná.
  

A Polícia Civil ainda divulgou um dos áudios onde o advogado explicitamente indica o número 25 como sendo da pessoa a ser assassinada, reforçando o erro de informação que culminou na morte de Everton.

"É que, na verdade, pode dar uma diferença de número nesses bairros novos. Dá uma diferença de número da casa, só que vale o que está no talão, entendeu? Então, se o endereço bate na 25, é porque o número da casa é 25, mas na conta da Sanepar é pelo lote que é 12", contou o advogado investigado em áudio.

Para saber mais sobre o caso, basta clicar aqui.

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