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Inspeção em imóveis da área férrea de Ponta Grossa revela vulnerabilidade social

Equipes da Justiça Federal de Ponta Grossa estiveram em residências ocupadas e no antigo refeitório da Rumo

A inspeção aconteceu em imóveis do bairro Cará-Cará, em Ponta Grossa, conduzida pela 2.ª Vara Federal
A inspeção aconteceu em imóveis do bairro Cará-Cará, em Ponta Grossa, conduzida pela 2.ª Vara Federal -

Publicado por Lilian Magalhães

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Uma nova inspeção realizada pela Justiça Federal de Ponta Grossa, dessa vez a imóveis ocupados localizados na área férrea do município dos Campos Gerais, revelou uma realidade de vulnerabilidade social dos moradores. A visita técnica aconteceu no último domingo (2), no bairro Cará-Cará, conduzida pelo juiz federal substituto Lindomar de Souza Coqueiro Júnior, da 2.ª Vara Federal de Ponta Grossa.

A diligência judicial acontece no âmbito da ação movida pela Defensoria Pública da União (DPU) contra a concessionária Rumo e órgãos públicos, por providências em relação às ocupações irregulares nas faixas de domínio das ferrovias que cortam o município. Uma vistoria anterior, em 16 de setembro, na antiga oficina da rede ferroviária e seus arredores, já havia constatado “completo abandono” do local desocupado.

Na recente visita, as equipes estiveram em residências ocupadas e no antigo refeitório da Rumo. O juiz federal colheu relatos dos moradores acompanhado por servidores da Justiça Federal, como Oficiais de Justiça e Agentes da Polícia Judicial (APJs), bem como representantes da empresa de engenharia terceirizada da Rumo. 

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DIÁLOGO COM MORADORES - Em despacho, Coqueiro Junior informou que a visita técnica transcorreu em "clima excelente e sem intercorrências". Os moradores relataram suas condições de vida e histórico de ocupação.

Um deles, que reside desde 2003 no local e é beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC), revelou que a esposa enfrenta um tratamento de câncer e que a família não tem onde morar, em caso de desocupação. Há ainda dois filhos que residem no terreno, cada um em seu próprio imóvel.

Outros ocupantes, um que se mudou para o antigo refeitório em 2023, e um outro, que usa um cômodo inacabado para armazenamento de recicláveis, também expressaram a falta de alternativa habitacional. Há ainda relatos que mencionam que, apesar de informar dados da família ao setor de habitação do município, nunca obtiveram retorno ou moradia social.

Com registros fotográficos, laudos das áreas vistoriadas e relatos dos moradores, o processo de reintegração de posse segue para conclusão da 2.ª Vara Federal de Ponta Grossa.

Com informações de: Núcleo de Comunicação Social da Justiça Federal do Paraná.

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