Anulação de Júri de homem condenado por homicídio é negada em PG

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR) negou a anulação do Júri que condenou Norberto Daniel, acusado por homicídio culposo, a 8 anos de prisão em Ponta Grossa. O julgamento do recurso do Ministério Público aconteceu nesta quinta-feira (28), após o pedido da família de Norberto, que afirmou que um dos assessores do Ministério Público, juntamente da banca defensiva da família de Odon Walmor Medeiros, foi visto comemorando a "vitória" após o resultado do julgamento.

Segundo Jackson Bahls, advogado de defesa da família de Odon, vitimado por golpes de faca, e de Amâncio Walmor, pai de Odon que também sofreu ataques na ocasião, conta que nenhum dos recursos foi acatado. "O Júri não será anulado, nem pelos argumentos do Ministério Público, tampouco pelos argumentos da família que trouxe uma situação referente à parcialidade do Ministério Público por conta de um assessor que havia ido jantar com os advogados. Isto jamais aconteceu", argumenta.

Jackson afirma que o caso da anulação não pode mais ser discutido, mas a defesa de Norberto pode solicitar a diminuição da pena ou sua absolvição. "Embora a defesa ainda estude a possibilidade de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça para tentar inocentar Norberto Daniel, uma coisa é certa: esse júri não será anulado", diz.

O advogado ainda afirmou à equipe do Portal aRede que este resultado lhe dá a certeza de que o caso terá impactos em discussões futuras. "Seguimos confiando no sistema judiciário. E com a certeza de que esse caso terminará da melhor forma e com o reflexo uníssono de justiça decidido pelos jurados, e pode ainda ressoar no Superior Tribunal de Justiça", finaliza.

RELEMBRE - O crime que vitimou Odon Walmor Medeiros aconteceu em uma hamburgueria na região do bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa, no ano de 2021. Odon estava acompanhado de seu pai, Amâncio, que também sofreu golpes de faca após uma suposta discussão com Norberto. O crime foi configurado por motivação torpe. Saiba mais detalhes aqui.