Nissin projeta construir subestação de energia em Ponta Grossa

A Nissin Foods do Brasil construirá uma subestação de energia em Ponta Grossa. O Instituto de Água e Terra (IAT) autorizou a obra na última segunda-feira (4), após ser favorável à Licença Ambiental Simplificada (LAS) para a atividade. O empreendimento ficará na fábrica que está sendo construída no Município, na PR-151 - o investimento inicial é de R$ 1 bilhão.

Conforme as informações obtidas pelo Portal aRede, “trata-se de empreendimento referente à atividade de operação da Subestação rebaixadora 138 kV Nissin Foods. A instalação é necessária para atender a demanda da unidade industrial”, explica o documento. A subestação será conectada ao sistema da Companhia Paranaense de Energia (Copel), através de uma ‘Linha de Distribuição de Alta Tensão’.

Local onde será construída a subestação de energia |  Foto: Reprodução.

A previsão da Nissin é que a área de construção da subestação será de 1.400,78 m² e porte classificado como ‘Médio’. “Pelas características da atividade, a operação direta do sistema não demanda de consumo de água, e por consequência não gera efluentes líquidos”. Além disso, o documento explica que a atividade também não irá gerar resíduos sólidos durante a operação.

Por fim, o IAT, “considerando todos os documentos apresentados, considerando a licença vigente para o empreendimento industrial na mesma área, e desde que respeitadas todas as condicionantes expostas, este parecer conclusivo é favorável à emissão do licenciamento ambiental”, finaliza o documento, que tem o aval do engenheiro civil Michel Zdebski.

NOVA FÁBRICA - A Nissin Foods está construindo sua fábrica entre Ponta Grossa e Carambeí, na avenida Senador Flávio Carvalho Guimarães, trecho urbano da PR-151. A expectativa é que a indústria seja a maior da multinacional japonesa, produzindo aproximadamente 3,6 milhões de unidades de macarrão instantâneo por dia.

A empresa também projeta 108 milhões de unidades de macarrão por mês, e quase 1,3 bilhão por ano. De acordo com a Licença Prévia (LP) protocolada no IAT, também é possível prever a produção, por dia, de mais de 211 toneladas de farinha especial; 33 toneladas de insumos para massas; e 24 toneladas para tempero; além de cinco toneladas de sal granulado.

A unidade deve gerar mais de 550 empregos diretos na região, com a conclusão da obra prevista para abril de 2027. Em entrevista recente ao Portal aRede, a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Silveira Schmidt (União), destacou a importância do investimento. “Com esse aporte, certamente iremos agregar ainda mais na geração de Valor Adicionado e melhorar nossa participação na distribuição de ICMS”, disse.

POSSÍVEL EXPANSÃO - Mesmo antes da inauguração da fábrica, que terá uma área total de 413,2 mil metros quadrados, com 68,2 mil metros quadrados de área construída, a Nissin já sinalizou ao Governo do Paraná uma possível expansão da indústria, em Ponta Grossa. O comunicado foi entregue ao vice-governador do Paraná, Darci Piana (PSD), em julho deste ano.

Na ocasião, representantes da Nissin Foods também falaram com o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin. Segundo ele, a solicitação de novos investimentos na própria planta dos Campos Gerais está sendo analisada, o que representaria uma ampliação significativa já no projeto inicial - o que reverteria também nos empregos gerados em toda a região.