Queijarias da região conquistam premiações em concurso nacional

Oito queijarias dos Campos Gerais conquistaram premiações na 10ª edição do Prêmio Queijos Brasil, realizada entre os dias 10 e 13 de julho, em Blumenau (SC). A região somou 31 premiações, incluindo medalhas de ouro, prata e bronze com diversos produtos. Palmeira liderou o número de premiações, com 22 queijos premiados.

A Cooperativa Witmarsum, uma das principais representantes da região, foi agraciada com 12 medalhas, incluindo ouro para os queijos tipo Emmental, Asiago, Brie, Raclette, Gouda e Appenzeller, além de prata para o Witmarsum Colonial Natural, e bronze para o Camembert, Witmarsum Colonial com Pimenta Verde, Appenzeller e Ricota Fresca. Dentre os premiados, estão o Queijo Colonial e o Queijo Colonial com Pimenta Verde, que possuem Indicação Geográfica (IG), reconhecimento que protege a origem e qualidade dos produtos da região de Witmarsum.

“O reconhecimento nacional reforça o valor do Paraná e da tradição queijeira regional, além do trabalho técnico e empreendedor dos produtores da região. Temos atuado de forma estratégica para fortalecer essas agroindústrias, com foco em boas práticas de fabricação, acesso a mercados e certificações como o Selo Arte”, explica a consultora do Sebrae/PR, Mariana Santana Scheibel.

O Selo Arte, concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), permite a comercialização interestadual dos produtos artesanais. É o caso da Queijaria Cornelia, de Arapoti, que recebeu três medalhas: ouro, prata e bronze, e será reconhecida com o Selo Arte, em cerimônia oficial marcada para 31 de julho.

“Participar do Prêmio Queijos Brasil foi uma experiência inesquecível. Voltamos para casa com medalhas de ouro para o queijo natural, prata com ortiga e bronze com ervas italianas. Cada premiação é o reconhecimento de muito trabalho e amor pelo que fazemos. Além disso, tivemos um estande e vendemos muito bem, o que mostra que o público está cada vez mais valorizando os queijos artesanais. Também foi uma oportunidade incrível de trocar experiências com outros produtores do país inteiro”, conta Gezina Willemina Krikke Verburg, da Queijaria Cornelia.

Ela também celebra a recente conquista do Selo Arte. “Quando comecei a fazer queijo na cozinha de casa, era apenas para a família. Foi minha sogra, Cornelia, quem me ensinou tudo, trazendo da Holanda a tradição do Gouda. Hoje, ver nosso queijo sendo reconhecido nacionalmente e podendo ser vendido em todo o Brasil é algo que me enche de orgulho. É como se ela estivesse conosco em cada etapa dessa conquista”, diz.

A Queijaria Vila Velha, em Ponta Grossa, recentemente certificada com o Selo Arte, foi premiada com prata para o Iogurte Grego e o Queijo de Fazenda, além de bronze para os queijos tipo Gouda e de Café.

Outro destaque foi a Queijos da Oma, de Palmeira, que recebeu duas medalhas de ouro (Colonial Meia Cura e Morbier de Café) e uma de prata (Dona Ida).

“Para nós, essas medalhas são resultado do nosso esforço e dedicação e reforçam que estamos no caminho certo, buscando a excelência, sem abrir mão da qualidade dos nossos produtos e, muito menos, de trabalhar perto de nossos filhos. Em 2023, eu e meu esposo resolvemos apostar na fabricação de queijo e aprimorar nossos conhecimentos. Estamos colhendo os frutos em concursos”, conta a queijeira Larissa Dyck.

A Queijaria Dutch Lady, de Carambeí, conquistou ouro com os queijos Gouda com 6 e 12 meses de maturação, e prata com o queijo Cremagge.

Força produtiva - Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), quatro dos cinco maiores municípios em Valor Bruto da Produção (VBP) de leite do Paraná estão na região: Castro, Carambeí, Arapoti e Palmeira.

As informações são da assessoria de imprensa