PG é a cidade com mais diagnóstico e óbitos por meningite no Paraná
Ao todo, 17 municípios paranaenses registraram casos, e quatro registraram mortes
Publicado: 27/06/2025, 10:44

A cidade de Ponta Grossa é o município paranaense com o maior número de diagnósticos e mortes por meningite no estado do Paraná. A informação foi divulgada durante esta manhã de sexta-feira (27), pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa).
Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), na cidade princesina foram registrados dois óbitos pela doença entre janeiro e 21 de junho de 2025 (Semana Epidemiológica 25). Ambas as vítimas eram do sexo masculino, sendo uma criança de dois anos e um homem de 59.
NO PARANÁ - A Sesa imitiu o comunicado às 22 Regionais de Saúde, responsáveis por orientar os 399 municípios sobre medidas de prevenção, vigilância e assistência. No estado, foram registrados 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhum óbito. Em todo o ano de 2024, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.
Além de Ponta Grossa, as demais cidades que registraram casos foram: Curitiba (3), Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, General Carneiro, Palmas, São Jorge D Oeste, Cascavel, Três Barras, Céu Azul, Cianorte, Apucarana, Londrina, Wenceslau Braz e Jacarezinho.
Já sobre os óbitos nas demais cidades, em Curitiba, a vítima foi um homem de 32 anos; em São Jorge D’Oeste, era uma mulher de 48 anos; em Céu Azul, outra mulher de 49 anos; e Wenceslau Braz, um homem de 84 anos.
Entre os óbitos no geral, dois foram provocados pelo sorogrupo C, dois pelo sorogrupo B e dois não foi possível realizar a identificação do surogrupo.
SOBRE A DOENÇA - A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode provocar quadros graves como meningite e meningococcemia. Por seu alto potencial de transmissão, letalidade e gravidade das sequelas, especialmente em crianças, é considerada um problema de saúde pública.
“A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar, por isso contamos com todas as famílias do Paraná para darmos essa demonstração de ciência, saúde e vida, vacinando as nossas crianças e protegendo ainda mais a população paranaense”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças a partir de três meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses de idade passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção também contra os sorogrupos A, W e Y, conforme já confirmado pela Sesa.
Em 2024, a cobertura vacinal no Estado foi de 91,56% na primeira dose (menores de 1 ano) e de 92,94% na dose de reforço (12 meses), abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Além da vacinação, a secretaria orienta que a população adote medidas de prevenção, como manter ambientes bem ventilados, higienizar frequentemente as mãos, evitar aglomerações em locais fechados e não compartilhar objetos de uso pessoal. Também é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da doença — como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e erupções cutâneas (petéquias) — e procure imediatamente um serviço de saúde ao primeiro sinal de alerta.
Para os profissionais de saúde, a recomendação é redobrar a atenção para o diagnóstico precoce e adoção imediata de medidas de isolamento e tratamento, além da notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados em até 24 horas. A Sesa também reforça a necessidade de coleta de amostras clínicas adequadas e a avaliação de contatos com casos suspeitos para possível quimioprofilaxia, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
Com informações da AEN.