Acipg repudia mais uma morte na BR-376 e cobra urgência nas providências
A entidade levanta dados alarmantes sobre o histórico de acidentes registrados na rodovia
Publicado: 30/04/2025, 10:04

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), em nome de sua presidente Giorgia Bin Bochenek, da diretoria e dos mais de 2,2 mil associados, manifesta seu veemente repúdio ao trágico acidente com morte registrado mais uma vez no trecho da BR-376, desta vez na segunda-feira (28), reforçando a necessidade urgente de intervenções efetivas para evitar novas vítimas.

A Acipg, que já havia se pronunciado recentemente sobre os riscos constantes nessa rodovia, lamenta profundamente a perda de mais uma vida e presta suas sinceras condolências à família e amigos da vítima. A entidade reforça que não se calará diante da inércia dos órgãos responsáveis e continuará pressionando por soluções que garantam a segurança viária na região.
DADOS ALARMANTES REFORÇAM A URGÊNCIA DE AÇÕES - Conforme levantamento realizado pela diretoria de Transportes da Acipg, liderada por Ricardo Schechtel, os números evidenciam a gravidade da situação:
- 36 acidentes registrados em 2024 apenas na Av. Presidente Kennedy (sentido Curitiba), sendo que 20 deles tiveram como causas principais:
- Ausência de reação do condutor
- Reação tardia ou ineficiente do condutor
- Velocidade incompatível (dados da PRF).
- 2.179 infrações por excesso de velocidade no km 491 (sentido Curitiba) entre janeiro e setembro de 2024, distribuídas da seguinte forma:
- 2.084 motoristas transitando até 20% acima do limite;
- 615 motoristas transitando entre 20% e 50% acima do limite;
- 20 motoristas transitando mais de 50% acima do limite;
- Desse total, 247 infrações foram cometidas por caminhões.
Diante desses números, a Acipg já solicitou um estudo de viabilidade sobre o radar instalado no local, questionando sua eficácia e possíveis ajustes necessários para evitar acidentes, em vez de apenas multar.
HISTÓRICO DE ALERTAS E COBRANÇAS - A Acipg já havia alertado repetidamente sobre os riscos desse trecho, inclusive em reuniões com o Governo do Estado, DER e concessionárias, destacando o fluxo intenso de caminhões e os problemas de sinalização e fiscalização. O diretor de Agronegócios da Acipg, Edilson Gorte, também questionou publicamente a eficiência do radar instalado, que pode estar contribuindo para situações de risco, especialmente em trechos de descida.
EXIGÊNCIAS DE MEDIDAS URGENTES - Ponta Grossa, como um dos principais entroncamentos rodoviários do país, não pode continuar sendo palco de tragédias evitáveis. Por isso, a Acipg exige:
- Revisão imediata do sistema de fiscalização eletrônica no trecho, com análise técnica independente;
- Melhoria na sinalização e engenharia de tráfego para evitar frenagens bruscas e colisões;
- Aumento da fiscalização ativa pela PRF e concessionárias, além de campanhas educativas;
- Resposta formal dos órgãos responsáveis (DNIT, DER, PRF e concessionária) sobre as medidas que serão adotadas.
A Acipg seguirá mobilizada, acompanhando de perto as respostas dos órgãos competentes e lutando por melhorias que salvem vidas.
SÉRIE DE REPORTAGENS - Desde o ano passado, o Grupo aRede vem realizando uma série de reportagens sobre a necessidade de intervenções imediatas no traçado rodoviário de Ponta Grossa, alertando as lideranças políticas e empresariais do município que a omissão pode resultar em mais óbitos. É necessário a busca de soluções imediatas para os perímetros urbanos das avenidas Souza Naves (BR-373); Presidente Kennedy (BR-376); e Senador Flávio Carvalho Guimarães (PR-151). Todos esses seguimentos rodoviários concentram grande fluxo de veículos. São chamados corredores das riquezas e do agronegócio, com ligações diretas aos portos de Paranaguá e Santa Catarina.
Com informações: Assessoria de Imprensa.