Presidente da Universal Music é acusado de sequestrar a ex: entenda | aRede
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Presidente da Universal Music é acusado de sequestrar a ex: entenda

Helena Lahis diz ter sido internada contra sua vontade pelo presidente da Universal Music Brasil, Paulo Henrique de Lima

Em outubro de 2019, Lahis foi levada contra sua vontade para a clínica Espaço Clif, em Botafogo
Em outubro de 2019, Lahis foi levada contra sua vontade para a clínica Espaço Clif, em Botafogo -

Da Redação

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A escritora Helena Lahis vive, há quase cinco anos, as consequências de uma internação psiquiátrica forçada que virou alvo de investigações criminais e processos na Justiça do Rio de Janeiro. As informações são da revista Piauí.

Em outubro de 2019, Lahis foi levada contra sua vontade para a clínica Espaço Clif, em Botafogo, sob diagnóstico de hipomania, um quadro de agitação e autoestima excessiva.

A internação foi articulada pelo ex-marido dela, Paulo Henrique de Lima, presidente da Universal Music Brasil, com apoio de uma psiquiatra amiga da família.

Na época, Lahis estava em processo de separação e iniciava um novo relacionamento o que, segundo investigação, teria motivado a ação do ex-marido.

Ele alegou que a ex-esposa estava fora de si e sob influência de um “trabalho espiritual”. O próprio psicanalista da escritora, que também é psiquiatra, discordou da internação e afirmou que ela não apresentava sinais de transtorno psiquiátrico. Ainda assim, um terceiro psiquiatra optou por mantê-la na clínica.

A escritora permaneceu 21 dias em confinamento, sem contato com o mundo externo. Sua libertação só aconteceu graças à ajuda da mãe de uma outra paciente internada, que conseguiu levar uma carta ao novo namorado de Lahis. Em novembro de 2019, a Justiça expediu um habeas corpus ordenando sua imediata soltura.

O caso se transformou em uma complexa batalha judicial. Paulo Henrique de Lima foi indiciado pelo Ministério Público e hoje responde como réu por sequestro, cárcere privado e invasão de dispositivo eletrônico. Também foram denunciados a psiquiatra Maria Antonia Serra

Pinheiro e o ex-diretor técnico da clínica, Gabriel Bronstein Landsberg.

O processo tramita em segredo de Justiça no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

“Ataque à minha dignidade”

Helena Lahis e Paulo Lima se divorciaram formalmente em dezembro de 2019. Ela afirma que tudo o que recebeu na partilha de bens foi gasto com honorários de advogados nos primeiros anos depois da denúncia.

A escritora precisou vender seu apartamento para pagar custas do processo e mudou-se para a casa onde funciona a sua editora. Nos últimos anos, conseguiu que alguns advogados atuassem pro bono em seus processos.

“Como me internaram sem um diagnóstico? Fiquei 21 dias presa em uma clínica. Quem sabe o que fica disso? Foi um ataque à minha dignidade, à minha capacidade cognitiva, relacional, profissional”, diz a escritora, que nunca se recuperou do ocorrido.

Com informações do Metrópoles

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