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Coluna Trilha da Fé: Padre Wilton: 'a vocação santifica a vida'

Em 1991, através de um sonho, padre Wilton vislumbrou novos caminhos para o carisma da Copiosa Redenção

A Congregação abre as portas para atender atividades envolvendo crianças e adolescentes, idosos, trabalhos pastorais, pregação de retiros e a evangelização através de músicas
A Congregação abre as portas para atender atividades envolvendo crianças e adolescentes, idosos, trabalhos pastorais, pregação de retiros e a evangelização através de músicas -

Da Redação

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Padre Wilton Moraes Lopes. O padre Wilton da Copiosa Redenção. O padre Wilton da ‘Santa Rita’. Religioso-padre muito querido e muito conhecido na Diocese de Ponta Grossa, padre Wilton completa 40 anos de sacerdócio em 2023. Hoje afastado de suas funções devido a problemas de saúde, o padre veio transferido de Campo Grande, em 1988, acolhido pelo então bispo Dom Geraldo Pellanda. Serviu em diversas paróquias, a última delas na Paróquia Santa Rita de Cássia. É autor de livros e exímio pregador. Figura emblemática, o padre carrega consigo uma aura que, para muitos, o aproxima de Deus. Ao término das celebrações que presidia, não eram poucos os que permaneciam na igreja e faziam fila no entorno do altar para buscar uma troca de palavras, uma bênção ou um simples toque. Essa quase devoção popular deve-se a algumas características do padre e circunstâncias de sua vida onde muita gente viu se manifestar a inspiração divina.

Sua biografia conta que padre Wilton nasceu em abril de 1956, em uma cidade chamada ‘Tesouro’, no Mato Grosso. Os mais apaixonados por seu sacerdócio já diriam ter sido um presságio. Desde muito cedo sentiu o chamado de Deus para a sua vida. Entrou no seminário ainda muito jovem. Daquela turma de 40 meninos que buscavam um discernimento para entender a sua vocação, apenas um se tornou sacerdote. “Sua família tinha uma grande visão positiva sobre a vida cristã, mas apesar disso, não tinham o costume de frequentar a Igreja. Contudo, isso não foi um empecilho para o apoiarem na sua escolha pela vida sacerdotal”, diz o relato de sua vida. Muito mais tarde, em 1989, foi depois de ouvir a voz do Senhor que intuiu criar a Copiosa Redenção. Ao ministrar uma oração de cura e libertação para um grupo de jovens em Vitória (ES), viu uma garota aproximar-se de Jesus no Santíssimo Sacramento e depositar um pacote com drogas diante do altar. Naquele momento ouviu: “o trabalho que eu quero de você é este: a recuperação de jovens dependentes. Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve a Minha redenção à vida deles”. A instituição católica foi fundada pelo sacerdote redentorista com a ajuda de três aposentadas: Maria Moreira da Motta Santos (viúva), Ruth Marina da Silveira (viúva) e Ione Strozzi. Maria se tornou a primeira leiga consagrada da congregação, originando-se assim o Instituto Secular Servas de Maria da Copiosa Redenção.

Em 1991, através de um sonho, padre Wilton vislumbrou novos caminhos para o carisma da Copiosa Redenção. Cada irmã assumiria o compromisso de fazer a adoração ao Santíssimo Sacramento, onde rezaria pelas pessoas dependentes, por uma hora, diariamente. Seis anos depois, em 1997, alguns rapazes começaram a fazer uma experiência, com o objetivo de se tornarem religiosos e posteriormente sacerdotes, dando assim o início ao ramo masculino da Copiosa Redenção. O trabalho não se limitou apenas na recuperação social e familiar dos dependentes químicos. A Congregação abre as portas para atender atividades envolvendo crianças e adolescentes, idosos, trabalhos pastorais, pregação de retiros e a evangelização através de músicas. Atualmente, está presente em cinco estados brasileiros. São seis comunidades terapêuticas, duas de reinserção social, além de casas de trabalho pastoral e comunidades na Itália.

Padre Wilton não se considera um predestinado. “Houve mais uma situação de fatos que contribuíram para esse crescimento vocacional.  O desejo e a ideia de servir o altar, também o desejo e satisfação de ajudar a paróquia. Foram desejos muito fortes, muito acentuados, muito marcantes. Minha vida religiosa surgiu desse confronto, desse desejo natural e o desejo formal de ser sacerdote. Na história da minha vocação houve pessoas que marcaram a minha vida, pessoas que tinham um contato maior com a vida religiosa, que marcaram de certo modo de uma forma bem positiva o desejo da vocação. Eram os leigos, amigos dos sacerdotes incentivadores da vida sacerdotal, muito preciosos e muito tocantes em suas opiniões, que incentivaram na minha vocação. Não sou predestinado. Tudo que aconteceu me fez mais sensível ao chamado. Existiu uma inclinação, uma intuição e uma dedicação em responder. Fui educado para responder a essa missão da vida religiosa. Fui marcado pelo exemplo deles, pela intuição e pela vocação dos sacerdotes da época”, conta.

“Não me incomodo de ser chamado de santo. Não é a coisa mais importante. A coisa mais importante é ver a santidade como um dom de Deus, viver a santidade com um dom de Deus.  Estou em um processo a ser cumprido. A vocação é um dom de Deus que vai se abrindo a uma resposta pessoal e concreta. É um projeto não acabado, está ainda em formação e em crescimento; não sabemos até quando vai crescer, mas sabemos que está crescendo. Tudo é um processo da vida, é um mistério de espera, mas também de confirmação da sua resposta a Deus. Você responder bem a sua vocação é uma resposta concreta, dada a Deus, um dom em sua vida. O chamado é um grande mistério. As coisas de Deus não são nada rápidas, tudo é lento. Ele chama devagar, conduz devagar. Deus é lento em dar a quem Ele chamou a sabedoria, o amadurecimento e a graça de uma resposta santa. A vocação santifica a nossa vida passo a passo. A vida se torna santificada e santificante”, reitera.

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