Presidente do América-MG defende atleta e confirma que acusações são infundadas
Dirigente afirma não haver "qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador" que possam ser interpretadas como discriminatórias
Publicado: 05/05/2025, 15:17

O América-MG afirmou que as acusações de injúria racial contra o meia Miguelito são infundadas e não há "qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador" que possam ser interpretadas como discriminatórias.
"O América FC, fiel à sua história centenária e aos princípios que a sustentam, vem a público prestar esclarecimentos e manifestar total solidariedade ao atleta Miguel Ángel Terceros Acuña, diante de acusações infundadas que tentam associar seu nome a conduta de cunho racista. Após criteriosa apuração interna e análise dos fatos disponíveis, não foi identificada qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador que possa, sob qualquer ângulo, ser interpretada como discriminatória. Ao contrário, Miguel Terceros sempre demonstrou conduta ética, respeito e espírito esportivo, sendo amplamente reconhecido no clube por seu profissionalismo e integridade" - afirmou o presidente do conselho de administração do América-MG, Alencar da Silveira Jr.
O comunicado foi realizado pelo dirigente e ainda não foi divulgado pelo clube mineiro.
A súmula da partida detalhou o que teria acontecido durante o primeiro tempo do jogo. "Relato que aos 30min do primeiro tempo, o atleta número 29 da equipe mandante, sr. Allano Brendon de Souza Lima, veio até minha direção, alegando ter sido chamado de 'preto cagão' pelo atleta Miguel Angel Terceros Acuña, numero 07 da equipe visitante. Informo que nenhum integrante da equipe de arbitragem no campo de jogo viu e/ou ouviu tal incidente", registrou a arbitragem no documento.
Miguelito segue no Paraná junto do CEO do América-MG, Dower Araújo, e o supervisor de futebol, Daniel Negrão. O restante da delegação já deixou Ponta Grossa para retornar a Belo Horizonte. O Coelho, oficialmente, vai aguardar os desdobramentos para se pronunciar oficialmente. A CBF ainda não se manifestou sobre o caso também.
O Operário-PR informou que presta apoio a Allano e lamentou que a partida tenha sido reiniciada.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, após o término da partida, o autor, a vítima e a testemunha foram conduzidas por uma equipe da Polícia Militar até a sede da 13ª Subdivisão Policial. Após ouvir os envolvidos, foi dada voz de prisão em flagrante a Miguelito pelo crime previsto na Lei nº 7.716/89.
A Polícia Civil já estabeleceu contato com os canais de transmissão da partida, através do advogado do Operário-PR, para obter imagens que possam ter registrado a fala racista. O Inquérito Policial deverá ser concluído nos próximos dias sendo que a pena máxima prevista para o crime de injúria racial é de 5 (cinco) anos de reclusão.
Com informações de: Globo Esporte - GE.