PL prevê punição para estabelecimentos que comercializam produtos adulterados no Paraná
Também estão previstas a apreensão e destruição dos produtos adulterados, falsificados ou corrompidos, com os valores arrecadados destinados ao Fundo Estadual de Saúde
Publicado: 03/10/2025, 18:38

Um projeto de lei protocolado nesta sexta-feira (03), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), pelo deputado estadual Fabio Oliveira, prevê punições severas a estabelecimentos que comercializarem, armazenarem, fabricarem ou distribuírem alimentos, bebidas ou produtos farmacêuticos adulterados, falsificados, corrompidos ou alterados.
Pelo projeto, as sanções vão de multas à cassação imediata de alvarás sanitários e de funcionamento. “Casos recentes de mortes e intoxicações por consumo de bebidas adulteradas com metanol mostraram de forma trágica a urgência de medidas mais firmes. Precisamos proteger a vida das pessoas e garantir que o Estado tenha condições de agir rápido contra quem coloca produtos perigosos no mercado”, afirmou Oliveira.
O deputado acrescentou que esse cenário, que ganhou repercussão nacional, reforça a importância de uma legislação capaz de responsabilizar administrativamente os infratores e dar ao Estado instrumentos mais ágeis e rigorosos de fiscalização e punição.
A proposta prevê desde multas que podem chegar a mil UPFs/PR até a cassação imediata do alvará sanitário estadual, do alvará expedido pela Polícia Civil e do certificado do Corpo de Bombeiros, além da baixa nos cadastros da Receita Estadual.
De acordo com a proposta, também estão previstas a apreensão e destruição dos produtos adulterados, falsificados ou corrompidos, com os valores arrecadados destinados ao Fundo Estadual de Saúde.
Oliveira destaca que a proposta fortalece a atuação do poder público em sua função de fiscalização e vigilância sanitária. Ele lembra ainda que a adulteração de medicamentos e suplementos é prática criminosa recorrente no Paraná, alvo constante de operações policiais.
Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 10% dos medicamentos em circulação em países em desenvolvimento podem ser falsificados ou de baixa qualidade, representando risco direto à vida. “Trata-se de uma medida de interesse público, que protege a saúde da população, combate organizações criminosas e assegura que apenas produtos adequados cheguem ao consumo”, concluiu o deputado.
Com informações da assessoria de imprensa.