Pesquisa mostra que moluscos acenam para se comunicar; veja | aRede
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Pesquisa mostra que moluscos acenam para se comunicar; veja

As sépias tem uma capacidade cognitiva muito grande, sendo capazes de passar por testes cognitivos projetados para humanos, por exemplo

A capacidade cognitiva das sépias, que também são conhecidas como chocos, é muito grande
A capacidade cognitiva das sépias, que também são conhecidas como chocos, é muito grande -

Da Redação

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Conhecidas por serem fascinantes e inteligentes, as sépias foram registradas usando os braços para se comunicar entre si, sugerindo uma nova forma de comunicação multimodal, que envolve visão e tato. Utilizando vídeos e vibrações na água, pesquisadores dos Estados Unidos e da Itália identificaram quatro padrões distintos de movimento dos braços dos moluscos. O estudo ainda precisa ser revisado por pares e foi publicado em versão pré-print no bioRxiv na última segunda-feira (5).

A capacidade cognitiva das sépias, que também são conhecidas como chocos, é muito grande. Os animais possuem inteligência elevada, sendo capazes de passar por testes cognitivos projetados para humanos, conseguem exercer autocontrole e possuem memórias longas e precisas. Com tamanha habilidade cerebral, a estratégia de comunicação do molusco parece ser igualmente complexa.

Até então, cientistas já tinham conhecimento que as sépias se comunicavam através de mudanças de cor, uso de luz polarizada, sinais químicos e percepção de vibrações na água. Com oito braços e dois tentáculos na parte frontal do rosto, o animal é bastante móvel e habilidoso, utilizando sua capacidade para nadar e caçar.

“Além das mudanças extraordinárias e bem conhecidas na aparência visual que podem gerar no nível do manto, as sépias podem produzir várias configurações corporais combinando padrões cromáticos, posturais e de locomoção, tanto para camuflagem quanto para comunicação”, escreveram os autores no artigo.

Os movimentos das sépias foram registrados pelos pesquisadores
Os movimentos das sépias foram registrados pelos pesquisadores |  Foto: Cohen-Bodénès & Neri, bioRxiv, 2025
 


Como foi feita a observação

O experimento foi realizado com duas espécies: Sepia officinalis (choco comum) e Sepia bandensis (choco anão). Os ovos dos animais foram coletados nos oceanos Atlântico e Indo-Pacífico e, posteriormente, incubados e criados em laboratório.

Durante a observação, os neurocientistas Sophie Cohen-Bodénès, da Universidade de Washington, e Peter Neri, do Instituto Italiano de Tecnologia, detectaram quatro sinais de comunicação através dos braços: para cima, para o lado, em rolo (braços rolando sob a cabeça) e em coroa (organizados em padrão simétrico).

Para descobrir se cefalópodes utilizam os braços para se comunicar, os pesquisadores registraram vídeos das sépias em seus tanques fazendo sinais espontâneos e depois os reproduziram de cabeça para baixo e para cima. Os animais responderam com mais frequência as gravações de cabeça para cima, chegando a retribuir o gesto em algumas ocasiões. Já em testes com vibrações na água, eles também acenaram de volta em algumas ocasiões. Mudanças de cor também acompanhavam os gestos.

Ainda é incerto qual é o significado dos acenos, que não parecem indicar aspectos ligados à dominância ou relacionamento afetivo. Podem estar relacionados à defesa, caça ou até como uma expressão de humor.

Com informações do Metrópoles

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