Réus são condenados por torturar, matar e atear fogo em jovem no Paraná
Julgamento aconteceu na última sexta-feira (28)
Publicado: 31/03/2025, 20:05

Quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, foram condenadas na última sexta-feira, 28 de março, pelo Tribunal do Júri da Comarca por participação na execução de um jovem de 22 anos torturado, morto a tiros e teve seu corpo incendiado. O crime ocorreu em 15 de fevereiro de 2022, em suposto contexto de “tribunal do crime”, com a ação criminosa sendo filmada e as imagens divulgadas visando à intimidação de traficantes e usuários de drogas da comunidade onde o crime ocorreu.
As penas dos quatro condenados – três homens e uma mulher – variaram de 18 anos e 8 meses a 24 anos, por homicídio qualificado por tortura, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe, à traição e motivo fútil. Os três homens já estavam presos e não poderão recorrer em liberdade. A mulher continuará em prisão domiciliar para tratamento de um câncer. Houve também uma quinta denunciada absolvida pelo conselho de sentença.
No dia 8 de abril de 2022, os réus foram presos em flagrante por porte de drogas, mais precisamente 16 gramas de maconha, oito gramas de cocaína e R$ 147. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, na época, foram presos mais dois indivíduos. Um deles com mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo e ameaça, e um em flagrante por tráfico de drogas.
DENÚNCIA – Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná, a vítima teria se desentendido com um traficante local, dias antes do crime, e incendiado o automóvel do traficante. Em retaliação, o grupo, que integra uma organização criminosa, planejou a execução. Ele foi atraído por uma mulher em quem confiava e, imobilizado pelo grupo, foi torturado na residência de um dos envolvidos e posteriormente levado a um local onde foi executado a tiros e teve seu corpo incendiado.
APOIO – O julgamento contou com a atuação do promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Colombo, responsável pela denúncia, que recebeu apoio de um integrante do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Gajuri), criado em 2024 pelo MPPR para fortalecer e aprimorar a atuação do Ministério Público no Tribunal do Júri e na defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos.
CRIME – No dia 15 de fevereiro a vítima teria sido induzida a entrar no veículo de um dos suspeitos. Ele foi mantido em cárcere privado e torturado por várias horas. Posteriormente, os suspeitos teriam levado ele a uma área rural, realizando disparos de arma e ateado fogo no corpo. Segundo as investigações, o crime teria sido motivado porque a vítima teria incendiado um veículo na Vila Zumbi, em Colombo, e por atrapalhar o tráfico de drogas local. Conforme as investigações, o crime teria sido motivado porque a vítima teria incendiado um veículo na Vila Zumbi, em Colombo, e por atrapalhar o tráfico de drogas local.
Com informações da assessoria de imprensa.