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Nuvens de fumaça: O impacto no sistema respiratório

O Dr. Pedro Compasso, pneumologista, discute os efeitos da baixa umidade do ar e os cuidados para minimizar os sintomas

Dr. Pedro Compasso, pneumologista, fala sobre a influência do ar poluído nas vias respiratórias, bem como doenças que podem ser desenvolvidas e agravadas
Dr. Pedro Compasso, pneumologista, fala sobre a influência do ar poluído nas vias respiratórias, bem como doenças que podem ser desenvolvidas e agravadas -

Mariele Alexandra Zanin

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Nos últimos meses, as nuvens de fumaça resultantes das queimadas que atingem diversas regiões do Brasil têm provocado um aumento significativo nos casos de problemas respiratórios. O fenômeno, além de afetar a qualidade do ar, agrava ainda mais a saúde de pessoas que já convivem com doenças crônicas. Para discutir os impactos desse cenário no sistema respiratório, o canal Viver Bem conversou com o pneumologista Dr. Pedro Compasso.

De acordo com o especialista, a combinação entre baixa umidade, poluição e a presença de partículas de fumaça no ar cria um ambiente extremamente nocivo para a saúde. “O sistema respiratório depende de uma umidade adequada para filtrar e processar o ar que inalamos. Em situações como as que estamos vivendo, com umidade abaixo de 25% em muitas regiões, a respiração torna-se difícil e os problemas respiratórios, como asma e bronquite, se agravam”, afirma Dr. Pedro.

O médico explicou que os sintomas mais comuns associados à exposição prolongada à fumaça incluem tosse, falta de ar, irritação nos olhos, garganta seca e secreção nasal. "Pessoas que já sofrem de doenças respiratórias crônicas, como asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), tendem a perceber uma piora significativa de seus sintomas", esclareceu.

Crianças, idosos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido estão entre os grupos mais vulneráveis. “Esses grupos possuem maior dificuldade em lidar com a poluição, e a exposição prolongada a esses fatores pode gerar complicações sérias, como crises asmáticas e infecções respiratórias”, alertou o pneumologista.

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Dr. Pedro destacou algumas medidas simples, porém eficazes, para minimizar os efeitos da fumaça. Hidratação constante é a principal recomendação: “A ingestão de, no mínimo, dois litros de água por dia ajudam a manter as vias aéreas úmidas, melhorando a respiração”. O uso de umidificadores em ambientes internos, ou até mesmo colocar uma bacia de água no cômodo, também auxilia na umidificação do ar.

Outra dica importante é evitar o uso excessivo de ar-condicionado, pois esse aparelho tende a ressecar ainda mais o ambiente. "Sempre que possível, tente ventilar o ambiente naturalmente. Ar-condicionado é prático, mas prejudica a umidade do ar", recomendou o especialista.

O pneumologista fez um alerta: tosses persistentes e dificuldade para respirar por mais de três semanas merecem atenção médica. “Muitas pessoas acabam subestimando esses sintomas, mas qualquer alteração na respiração deve ser avaliada, principalmente em momentos críticos como os que estamos passando. Nunca é normal tossir por tanto tempo, e pode ser um sinal de que algo mais sério está acontecendo", completa. A entrevista completa com o Dr. Pedro Compasso está disponível no Facebook, Youtube ou no Portal aRede.

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