Saiba os tipos e causas dos transtornos alimentares
Taís Paris, psicóloga, aborda os tipos, causas e a importância da terapia no tratamento dos transtornos alimentares
Publicado: 02/09/2024, 14:22
Na última publicação do canal Viver Bem, recebemos Taís Paris, psicóloga especializada em transtornos alimentares, para uma conversa profunda sobre um tema de extrema relevância, mas ainda cercado de tabus. Durante a entrevista, Taís abordou questões fundamentais sobre os transtornos alimentares, seus tipos e como a sociedade muitas vezes negligencia a dimensão mental desses distúrbios.
Segundo Taís, os transtornos alimentares são, antes de tudo, transtornos mentais que se manifestam através de desordens no comportamento alimentar. “Muitas vezes, as pessoas pensam que o foco dos transtornos alimentares é a alimentação em si, mas o principal problema está na mente,” explicou. Ela destacou que essas desordens estão frequentemente relacionadas a insatisfações corporais, medo de ganhar peso e influências culturais que pressionam a busca por um corpo perfeito.
Entre os tipos de transtornos alimentares mencionados, destacam-se a anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Taís explicou que esses transtornos podem se manifestar de formas complexas, às vezes com a junção de mais de um tipo de desordem, tornando o tratamento um desafio que vai além da simples categorização.
A psicóloga também detalhou os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares, incluindo aspectos genéticos, culturais e de personalidade, como o perfeccionismo. Quando perguntada sobre como a terapia pode ajudar aqueles que sofrem de transtornos alimentares, Taís destacou a importância de resgatar a história do paciente e entender as razões subjacentes ao comportamento alimentar inadequado. “A terapia trabalha não apenas a regularidade na alimentação, mas também questões emocionais profundas, como a solidão e a ansiedade,” afirmou.
Ela também mencionou que, em muitos casos, as pessoas demoram a procurar ajuda por vergonha ou falta de conhecimento sobre a gravidade de seus sintomas, o que muitas vezes só ocorre quando o transtorno já causou complicações físicas graves. Taís enfatiza que a hora de buscar ajuda profissional é quando o sentimento de culpa se torna constante.
Em resposta às perguntas dos seguidores, Taís enfatizou o papel crucial da família no desenvolvimento psicológico das crianças e na prevenção de transtornos alimentares. Ela aconselhou que os pais devem ser cuidadosos na forma como se comunicam com seus filhos, evitando críticas diretas sobre o corpo e focando em uma comunicação sensível e afetuosa.
Para concluir, Taís deixou uma mensagem importante sobre a necessidade de tempo para cuidar da saúde mental. “Ter tempo para olhar para si mesmo e para a própria história é essencial para manter uma boa saúde mental e viver em harmonia consigo mesmo,” concluiu. Para conferir a entrevista completa, acesse o Facebook, Portal ou Youtube da aRede.